PT crê que reforma ministerial atrairá até Ciro Nogueira, ex-ministro de Bolsonaro

Lideranças do PT no Congresso acreditam que até mesmo um ex-ministro de Bolsonaro pode se aproximar do partido devido a reforma ministerial

Caciques do PT afirmam que a reforma ministerial, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025, pode ajudar Lula a trazer para sua chapa em 2026 até mesmo um dos grandes aliados de Jair Bolsonaro em 2022.

Segundo cálculos de petistas, o PP, partido comandado pelo ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PI), pode apoiar Lula nas próximas eleições nacionais caso conquiste um espaço relevante na Esplanada dos Ministérios.

O PP, que conta com o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), deve ser um dos principais beneficiados pelas mudanças no primeiro escalão planejadas por Lula. Atualmente, a sigla ocupa apenas o Ministério dos Esportes.
De acordo com lideranças governistas no Congresso, o próprio Ciro Nogueira já deu sinais de que está mais disposto a dialogar com Lula sobre uma possível aliança de seu partido com o PT nas eleições de 2026.

Recentemente, lembram, Nogueira se encontrou com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em um evento em Brasília. Na breve conversa, afirmou à petista que “voltou a ser Centrão”.

Após reação negativa da base, Temer reavalia reforma ministerial ampla

Temer passou a considerar novos cenários para fazer as mudanças determinantes na fase final de seu governo

Após reação negativa de partidos da base aliada, o presidente Michel Temer decidiu recuar e reavaliar a decisão de fazer uma reforma ministerial ampla no fim desse ano. A intenção inicial era de retirar do governo todos os políticos que disputarão eleições em 2018. As informações são da Folha de S. Paulo.

Agora, Temer passou a considerar novos cenários para fazer as mudanças determinantes na fase final de seu governo em duas etapas. O presidente admitiu, em conversas com aliados, que é praticamente impossível adotar o critério eleitoral como norma geral. Ele também disse que ainda que vai ouvir presidentes e líderes das siglas da base e fará apenas um ajuste em dezembro.

Na quarta-feira (14), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), havia dito que o presidente deverá trocar 17 dos 28 ministros.

Os aliados de Temer no Congresso aconselharam o presidente a não mexer em tantas peças, e sim fazer trocas pontuais. Os parlamentares advertem que, em vez de agradar à sua base, o Planalto pode fragilizá-la ainda mais.

Centrão

A base aliada também avalia que os pedidos de mudança partiram especialmente do Centrão, que cobra a redistribuição dos cargos do PSDB.