Em entrevista ao Programa Super Manhã, com Waldiney Passos, na Rádio Jornal Petrolina, a atriz e bailarina Thaise Haila, de 19 anos, acusou o jornalista Glauber Dantas de ter praticado o crime de injúria racial contra ela. O fato teria acontecido em um bar de Juazeiro (BA), na noite deste domingo (21).
Segundo Haila, o jornalista a teria chamado de “suja, feia, ridícula e negrinha”, durante uma conversa entre os dois. A bailarina afirma também, que Glauber teria cuspido em seu rosto e ameaçado dar um tapa na mesma. As desavenças começaram depois que Thaise Haila, participou do concurso para escolha de Rainha e Rei Momo do Carnaval de Juazeiro, realizado no último dia 19.
O jornalista, foi um dos seis jurados que avaliaram as candidatas. Na disputa, Haila ficou com a terceira colocação entre as nove candidatas, ocupando assim, o posto de Segunda Princesa da folia Momesca da cidade que começa próxima sexta-feira, dia 26.
Segundo ela, Glauber teria manipulado o corpo de jurados para que a mesma não fosse eleita a Rainha do Carnaval. A insatisfação da candidata e amigos ganhou visibilidade nas redes sociais e culminou com o episódio deste domingo.
Através de nota, o jornalista Glauber Dantas, diz que foi a Princesa quem o interpelou no bar onde estavam, e de maneira agressiva e exaltada, usou termos chulos e homofóbico na tentativa de lhe desqualificar por causa da sua orientação sexual. Glauber afirma ser vítima de uma grande injustiça.
Veja nota na íntegra:
“É impossível juntar todas as penas espalhadas pelo vento”, esta é a conclusão de um conto que sugere uma reflexão sobre os estragos que uma calúnia faz na vida de alguém.
Jornalista formado há 10 anos, jamais tive meu nome envolvido em qualquer escândalo ou polêmica. Sou por índole e formação, uma pessoa pacífica e discreta nos gestos e nas palavras.
Na manhã de hoje (22) fui surpreendido com uma avalanche de acusações falsas proferidas pela vencedora do terceiro lugar no concurso de rainha do carnaval de Juazeiro, do qual participei como jurado.
Minha acusadora, uma competente atriz, juntamente com o também ator e diretor de teatro Devilles Sena, utilizaram a imprensa e as redes sociais, me acusando de racismo e espalhando inverdades de um fato que aconteceu ontem em um restaurante em que eu estava com amigos.
Insatisfeita com o resultado do concurso, Thaíse Haila, me abordou no referido restaurante, de forma agressiva e bastante exaltada, utilizando-se de termos chulos e da minha orientação sexual, como tentativa de me desqualificar. Apesar do constrangimento público que sofri, tentei manter o equilíbrio diante das palavras ofensivas proferidas pela atriz e apenas reagi, dizendo a ela que era digno aceitar uma derrota e que a atitude de revolta da mesma, revelava um espirito imaturo e desequilibrado.
A atriz chegou ao ponto de fazer uma acusação grave contra mim, quando afirmou que eu teria recebido “propina” da gestão municipal para manipular o resultado do concurso, em favor da candidata eleita a rainha do carnaval.
Registro que Deviles Sena já havia se manifestado, de forma raivosa, contra o resultado do concurso em vídeos publicados nas redes sociais. O conhecido ator, estava comandando a torcida de Thaíse Haila, atriz do seu grupo de teatro.
Em tempo, ressalto que como apresentador de dois programas que abordam o carnaval de Juazeiro, tive a oportunidade de entrevistar a atriz, como candidata ao título e sempre fui respeitoso e atencioso com ela, assim como com as demais.
Também durante o evento “Feijoada do Dadau”, para o qual presto assessoria, dispensei total atenção a candidata que integrava a corte real da folia momesca, acompanhando-a no camarim dos artistas para sessão de fotos e também no palco, onde a mesma desfilou.
Tenho minha consciência tranquila de que em NENHUM momento proferi qualquer termo que caracterize injúria racial, porque sou um combatente de qualquer forma de preconceito e discriminação.
Ao que parece, a atriz, levianamente e de forma injusta, está querendo ganhar notoriedade na mídia, se valendo de acusações falsas e me colocando como “bode expiatório” da sua frustração de não conseguir o título de rainha do carnaval por duas vezes consecutivas.
Informo que já estou adotando as providências legais, na tentativa de fazer valer a lei que trata de crimes contra a honra das pessoas, previstos judicialmente pelo Direito Brasileiro, no Código Penal (CP).
A acusadora não apresenta nenhuma prova da acusação feita contra mim, diga-se de passagem. Não cometi nenhum crime e disso sou convicto. Não sou racista, afirmo categoricamente e provo com atitudes.
A atriz, no entanto, foi notadamente homofóbica, quando proferiu termos preconceituosos contra mim e isso eu posso provar através de testemunhas. Que crime ela teria cometido?
Agradeço as manifestações de apoio que tenho recebido daqueles que conhecem meus princípios e também da minha família, que vem sendo atingida com esta atitude irresponsável de macular a minha imagem e fazer um linchamento moral pelas redes sociais.
Concluo, parafraseando o livro de Salmos 50.19 e 20 “Vocês estão sempre prontos para dizer coisas más e não pensam duas vezes antes de pregar mentiras. Estão sempre acusando os seus irmãos e espalhando calúnias a respeito deles”.
Glauber Dantas, jornalista