Jacobina: integrantes do MST abandonam fazenda invadida no começo da semana

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocuparam uma fazenda na zona rural de Itaitu, em Jacobina (BA), após confronto que precisou de intervenção policial, na sexta-feira (3). O grupo estava na Fazenda Limoeiro desde a última segunda-feira (27).

O MST alega que 1.700 hectares da propriedade estavam improdutivos, informação rebatida pelo proprietário da fazenda, que obteve um mandado de reintegração de posse. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a polícia efetuando disparos de bala de borracha, para conter pessoas que tentavam expulsar os integrantes do MST.

Segundo o tenente-coronel Reinaldo Fernandes, comandante da PM de Jacobina, os integrantes resolveram desocupar a fazenda e aguardar a decisão da justiça.

Adolescentes que testemunharam assassinato de filho de líder rural em Barreiros depõem à polícia; Vítima tinha 9 anos

Uma adolescente de 15 anos, irmã de Jonatas Oliveira, de 9 anos, filho do líder rural do Engenho Roncadorzinho assassinado em 10 de fevereiro, prestou depoimento à Polícia Civil nesta quinta-feira (3). Uma prima dos dois, de 14 anos, também foi à delegacia de Barreiros, na Zona da Mata, e depôs.

As duas estavam na casa quando encapuzados invadiram a residência na zona rural do município e mataram o garoto.

Até esta quinta-feira (3), dois homens foram presos e dois adolescentes foram apreendidos suspeitos de envolvimento com o crime. Os quatro, segundo o delegado de homicídios de Palmares, Marcelo Queiroz, teriam ajudado no cerco à casa. As investigações prosseguem para identificar e prender os demais.

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A irmã e a prima de Jonatas chegaram acompanhadas da advogada do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec) Juliana Accioly, organização social que tem dado suporte à família.

“Ela [irmã] sabe da importância da fala [para a polícia], que precisa estar vivenciado esse momento e que tem todo apoio necessário”, disse a advogada.

Segundo a defensora ao G1 Pernambuco, a adolescente tem sido acompanhada por uma psicóloga do Cendhec, que a ajudou a estar preparada para prestar depoimento, quase um mês depois do crime. “Teve esse lapso de tempo para garantir que ela tenha essa escuta mais acolhedora com o conselho tutelar e uma psicóloga aqui no município”, explicou.

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