Suspeito de facilitar ataque hacker ao Banco Central é preso em São Paulo

(Foto: Ilustração)

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta sexta-feira (4) um suspeito de envolvimento no ataque hacker à C&M Software, empresa responsável por interligar instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o Pix.

A ação criminosa resultou no desvio de cerca de R$ 800 milhões na última terça-feira (1º), sendo considerada uma das maiores já registradas no sistema financeiro nacional.

De acordo com as investigações, o preso é funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços ao Banco Central (BC). Ele teria fornecido, voluntariamente, suas credenciais de acesso a terceiros, permitindo que os hackers tivessem entrada no sistema da C&M por meio de uma simulação fraudulenta.

A C&M Software afirmou, por meio de nota, que não houve invasão direta aos seus sistemas críticos. Segundo a empresa, o ataque ocorreu a partir da violação do ambiente de um cliente, utilizando credenciais legítimas para simular uma integração com o sistema como se fosse uma instituição financeira autorizada.

“O ataque foi originado a partir da violação do ambiente de um cliente. Os sistemas críticos da C&M permanecem íntegros e operacionais”, destacou a empresa.

A ação criminosa afetou pelo menos seis instituições financeiras, entre elas o BMP, a Credsystem e o Banco Paulista, que já confirmaram terem sido vítimas do golpe. A lista oficial das instituições prejudicadas ainda não foi divulgada pelo Banco Central.

O Banco Central, a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo seguem conduzindo as investigações para apurar todos os envolvidos e recuperar os valores desviados. Após o ataque, os serviços da C&M foram temporariamente suspensos pelo BC, mas a empresa já recebeu autorização para retomar parte das operações desde quinta-feira (3).

Sobre as instituições afetadas:

BMP: Atua com operações de crédito e é regulamentado pelo Banco Central desde 2009.
Credsystem: Fundada em 1996, oferece soluções financeiras para o varejo, com foco nas classes emergentes.
Banco Paulista: Instituição com forte presença no mercado financeiro nacional.

O caso chama a atenção para a vulnerabilidade de sistemas integrados ao SPB e reforça a importância da segurança cibernética no ambiente financeiro nacional. As investigações continuam e novas prisões não estão descartadas.

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