O julgamento final do processo de impeachment contra a presidente afastada, Dilma Rousseff, deve ter início em 25 ou 26 de agosto, e poderá durar até cinco dias.
A informação foi dada nesta terça-feira (2) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Ele explicou que a duração do julgamento final irá depender dos procedimentos a serem adotados na sessão, além do tempo a ser usado pelas cinco testemunhas de defesa e cinco testemunhas de acusação, e nas eventuais manifestações dos senadores em Plenário.
Renan adiantou que, a exemplo do que ocorreu antes da sessão de admissibilidade do processo, fará uma reunião na quinta-feira (4) para definição dos procedimentos a serem adotados no julgamento final, a ser conduzido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Acusação de favorecimento
O líder da minoria, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), protestou em Plenário, nesta terça-feira (2), contra o que ele chamou de indevida interferência do presidente interino, Michel Temer, para agilizar o processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. “Esse não é o papel do presidente interino, Michel Temer. É um desrespeito. Ele está envolvido nesse processo, tem interesse. Então você vê um presidente interino, articulando, tentando acelerar o processo e isso para nós é um desrespeito ao Senado Federal”, disse Lindbergh.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, se defendeu e negou qualquer pedido para acelerar a conclusão do julgamento. “O presidente não falou e não falaria. Nós temos um calendário, um roteiro que já foi, mais ou menos, pré-definido, que será conversado com os senadores e com os líderes partidários para que nós possamos começar em 25, 26 (de agosto) o julgamento”, afirmou o presidente do Senado.
Fonte Agência Senado