A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para abolir a jornada de trabalho de seis dias seguidos com um de folga, conhecida como escala 6×1, foi debatida na reunião plenária desta segunda-feira (11).
A iniciativa, apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), recebeu apoio da deputada Dani Portela (PSOL), que destacou a necessidade de uma escala de trabalho que ofereça maior dignidade aos trabalhadores brasileiros.
Dani Portela argumentou que grande parte dos trabalhadores no Brasil ganha apenas um salário mínimo, com uma jornada de trabalho que, segundo ela, reduz a produtividade, prejudica a saúde e dificulta o acesso à qualificação profissional.
A deputada pediu o apoio dos parlamentares pernambucanos para que a PEC avance no Congresso, onde o texto depende da adesão de aproximadamente 100 deputados para iniciar a tramitação. Ela destacou que o tema deveria ser discutido de forma apartidária, em defesa dos trabalhadores.
O deputado Renato Antunes (PL) se manifestou em aparte, afirmando que o tema merece um debate aprofundado. Em sua visão liberal, ele sugeriu que o ideal seria a negociação direta entre empregador e empregado, sem interferência estatal. “Dentro da minha concepção liberal, eu acredito que não deveria ser seis para um. Para mim, deveria ser como funciona nas economias modernas: sem a intervenção estatal. Se eu sou funcionário, eu vou direto ao meu patrão e negocio com ele as horas de trabalho”, declarou Antunes.
Os deputados João Paulo e Rosa Amorim, ambos do PT, também parabenizaram a deputada Dani Portela pelo posicionamento. João Paulo criticou a falta de redução do peso sobre os trabalhadores, que, segundo ele, era uma promessa do avanço tecnológico no capitalismo. Para Rosa Amorim, o tema exige uma abordagem mais focada no bem-estar humano do que em interesses econômicos.