O Programa Águas de Pernambuco, anunciado pelo Governo do Estado, foi tema de discussão na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) durante a sessão plenária desta segunda-feira (21).
Com investimentos previstos de R$ 6,1 bilhões para ações de segurança hídrica e saneamento básico, o programa recebeu elogios e críticas por parte dos parlamentares.
O deputado Nino de Enoque (PL) elogiou a inclusão da barragem do Engenho Pereira, destacando a importância da obra para as cidades de Moreno e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. A população dessas áreas luta há mais de dez anos pela retomada da obra, que visa conter as águas pluviais.
Débora Almeida (PSDB) também elogiou a iniciativa, com foco nos investimentos destinados ao Agreste pernambucano, que deverá receber cerca de R$ 2 bilhões. Ela destacou a inclusão da barragem de São Bento do Una e da Adutora do Agreste, enfatizando que essas ações podem enfrentar o grande déficit hídrico da região.
Por outro lado, a deputada Socorro Pimentel (União) destacou a importância das obras, mas alertou sobre a necessidade de ações emergenciais, como a ampliação da perfuração de poços profundos e o uso de carros-pipa para abastecer as áreas rurais do Araripe, região fortemente afetado pela seca.
Em tom mais crítico, Diogo Moraes (PSB) questionou a lentidão na conclusão da Adutora do Alto Capibaribe, uma obra que já estava em fase avançada no governo anterior, e expressou ceticismo quanto à efetividade das promessas do programa. Ele afirmou que é necessário priorizar a conclusão das obras em andamento para garantir soluções concretas à crise hídrica em Pernambuco.