Professores lotam a Alepe e cobram votação de reajuste salarial

Na manhã da quarta-feira (4), educadores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe) ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para pressionar a base governista a votar o Projeto de Lei Complementar nº 2968/2025, que trata do reajuste do piso salarial da categoria.

Nas últimas semanas, as sessões plenárias da Alepe não têm alcançado o quórum mínimo de 25 deputados para deliberação.

O impasse envolve pautas importantes, como a autorização de um novo empréstimo bilionário solicitado pelo Governo do Estado, além das indicações para a administração do arquipélago de Fernando de Noronha e da presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro).

Todos os discursos desta quarta-feira abordaram a paralisação das votações. A deputada Dani Portela (PSOL) criticou a ausência dos governistas em plenário e defendeu a valorização dos profissionais da educação. Ela também sugeriu que os manifestantes se dirigissem ao Palácio do Campo das Princesas para exigir uma solução. “Defendam a educação, aprovem o reajuste e respeitem essa categoria de luta. Por uma educação pública, plural, inclusiva e de qualidade!”, afirmou.

O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) endossou a crítica à conduta do Executivo estadual, classificando como enganosos os argumentos de que a Alepe estaria impedindo o avanço do estado por não votar o projeto de empréstimo. Segundo ele, o Governo já tem autorização para contrair financiamentos na ordem de R$ 9 bilhões, mas não demonstra avanços por falhas na gestão. Sobre o reajuste dos professores, reforçou: “Saiam daqui e vão cobrar lá na frente do Palácio, sobretudo à Casa Civil, que os deputados estejam aqui, porque o projeto do reajuste já está pautado”.

A deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB) também lamentou a falta de quórum e criticou o distanciamento do Governo em relação aos trabalhadores. “Nosso grande problema hoje em Pernambuco é a falta de diálogo com gestores e com os trabalhadores, e as coisas não podem ser feitas sem diálogo. Estamos aqui para intermediar”, afirmou. A parlamentar ainda destacou a audiência pública realizada pela manhã sobre o 20º Batalhão da Polícia Militar, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife.

Deixe um comentário