A Polícia Federal comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não conseguiu localizar o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para notificá-lo oficialmente sobre a abertura de um inquérito que investiga sua atuação nos Estados Unidos contra instituições e autoridades brasileiras.
Segundo o relatório enviado ao STF, a corporação tentou contato por meio do e-mail funcional do parlamentar e de um endereço eletrônico pessoal, além de buscar retorno via aplicativo de mensagens e pelo telefone do gabinete em Brasília.
No entanto, todas as tentativas foram infrutíferas. “Todavia, até a presente data, não houve qualquer retorno, manifestação ou resposta por parte do destinatário”, informou o documento.
Na tarde de quinta-feira (5), o ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à PF no âmbito da investigação, relatando que fez uma transferência via Pix no valor de R$ 2 milhões ao filho, para que ele se mantivesse nos Estados Unidos. Eduardo Bolsonaro está licenciado do mandato desde março deste ano e, na ocasião, afirmou que a decisão de morar fora do Brasil visava “se dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”.
Em declaração à época, o deputado afirmou: “Aqui poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e sua Gestapo da Polícia Federal merecem”, em referência ao ministro do STF que relata o processo contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Embora Eduardo Bolsonaro seja investigado, ele ainda não foi intimado formalmente. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou apenas que ele fosse convidado a prestar esclarecimentos, mas até o momento não há previsão de quando isso ocorrerá.