Pernambuco registra mais três casos da Febre do Oropouche

O Laboratório Central de Pernambuco (LACEN PE) confirmou na quinta-feira (27) mais três casos da febre Oropouche no estado. Os casos foram identificados em um homem e duas mulheres residentes nos municípios de Camaragibe, Timbaúba e Jaqueira.

Com essas confirmações, Pernambuco totaliza nove casos da febre Oropouche até o momento. A confirmação dos casos é feita através do exame de PCR em tempo real, realizado após resultados negativos para Dengue, Zika e Chikungunya. Este procedimento segue as orientações do Ministério da Saúde.

Keilla Paz, diretora do LACEN, destacou a importância da vigilância laboratorial contínua para a identificação de arbovírus na região, ressaltando que muitas vezes esses vírus são subnotificados nos sistemas de vigilância em saúde pública. “O resultado traz um alerta sobre a importância da vigilância laboratorial que deve funcionar de forma rotineira para identificação de arbovírus circulantes na região,” afirmou Paz.

A febre Oropouche pode ser transmitida por dois vetores comuns na região: o maruim e a muriçoca. Diferente dos vetores da Dengue, Zika e Chikungunya (Aedes aegypti), que preferem água limpa, o maruim e a muriçoca se proliferam em ambientes com água contendo material orgânico, como mangues, córregos, alagados e áreas com despejo sanitário. Segundo Eduardo Bezerra, diretor geral de Vigilância Ambiental, o uso de larvicidas e outros produtos químicos não é eficaz contra esses vetores.

Para prevenir a doença, é essencial adotar medidas de proteção, especialmente durante o amanhecer e anoitecer, quando a atividade desses insetos é mais intensa. O uso de telas, mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, além do uso adequado de repelentes, são recomendados para evitar picadas de maruim e muriçoca.

Com a confirmação desses novos casos, as autoridades de saúde reforçam a necessidade de vigilância e prevenção para controlar a disseminação do vírus Oropouche em Pernambuco.

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