O reajuste solicitado pela coordenação do Colégio Militar em Petrolina chegou até as mãos do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O valor cobrado para esse ano letivo na chamada “caixa escolar” teve aumento acima de 110%, segundo um grupo de pais e foi imposta pelo Comando Geral em Recife, com a justificativa de que os valores não sofriam aumento há nove anos.
Em abril quando o reajuste foi anunciado, o Blog havia noticiado que os pais civis deixariam de pagar R$ 35 e com o reajuste imposto, para desembolsar R$ 148. Na época o Coronel Amorim havia explicado que, apesar de ser uma escola pública, a taxa de caixa escolar, é cobrada em todos os Colégio da Polícia Militar com o objetivo de fazer a manutenção do estabelecimento, em Petrolina ela representa 80% dos gastos com manutenção na instituição de ensino.
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Segundo os representantes dos pais desses alunos, que participaram de uma entrevista na manhã dessa quarta-feira (9), no programa Super Manhã da Rádio Jornal, além do reajuste inesperado, o Comando Geral também fez outra mudança que está prejudicando os estudantes civis, aqueles cujos pais não são militares.
“Além de aumentarem além de 100%, nos tiraram da faixa intermediária e nos equipararam com a faixa superior dos oficiais da Faixa 1, tenente-coronel, major e o próprio coronel. Acumuladamente o aumento dentro da faixa e a mudança da faixa para os civis chega a 320% e para os militares, em torno de 100 a 110%“, disse Neldson Felipe.
Valores cobrados
Todas as cinco faixas de cobrança – de acordo com a patente de cada oficial – sofreram aumento. O grupo que representa os pais questionou o porquê do reajuste de nove anos ser cobrado de uma única vez. “A taxa é legal, nós não estamos nos negando a pagar, nós estamos questionando apenas o abuso do aumento. Decidimos em Assembleia registrada em ata que continuaríamos pagando os R$ 35 até que essa situação seja resolvida, até que as reivindicações sejam discutidas e o Ministério Público possa atuar”, explicou Neldson.
Assim como os pais civis, os pais militares também estão nessa reivindicação e continuarão pagando as taxas propostas anteriores, segundo Neldson. De acordo com ele, o Comando de Petrolina tem sido atencioso nas discussões, mas a palavra final vem de Recife.
Agora o grupo de aproximadamente 240 pais e mães aguardam respostas da capital. O caso está no MPPE, que já notificou o Colégio Militar de Petrolina. A instituição de ensino tem um prazo de 15 dias para prestar os esclarecimentos e existe a possibilidade da situação ser resolvida na esfera do MPPE.