Minha Casa, Minha Vida passa a incluir classe média com financiamento de imóveis de até R$ 500 mil

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A nova modalidade do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), voltada para a classe média, começou a valer nesta segunda-feira (5). Inicialmente, a operação está disponível apenas por meio da Caixa Econômica Federal, que responde por cerca de 70% das concessões de crédito habitacional no país.

Com a nova categoria, famílias com renda de até R$ 12 mil mensais poderão financiar imóveis — novos ou usados — com valores de até R$ 500 mil. A modalidade permite o financiamento de até 80% do valor do bem, com prazo de pagamento de até 420 meses (35 anos) e taxa de juros nominal de 10% ao ano.

A ampliação do programa foi viabilizada por novas fontes de recursos além do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), como investimentos oriundos de Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

De acordo com pesquisa divulgada pela Tendências Consultoria em fevereiro de 2025, a classe média representa atualmente a maioria da população brasileira. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com 212,6 milhões de habitantes, sendo que 50,1% possuem renda superior a R$ 3,4 mil mensais — o equivalente a cerca de 105 milhões de pessoas.

As classes B e C são enquadradas como classe média no país. A classe B, considerada média alta, abrange rendas entre R$ 8 mil e R$ 25 mil, enquanto a classe C, média baixa, reúne famílias com ganhos entre R$ 3,5 mil e R$ 8 mil.

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, destacou que a medida amplia o alcance do programa habitacional. “O governo federal e a Caixa têm a expectativa de beneficiar cerca de 120 mil famílias ainda em 2025, que terão melhores condições para realizar o sonho da casa própria, graças ao Programa Minha Casa, Minha Vida”, afirmou.

A Caixa também anunciou ajustes nas faixas de renda do programa. A nova Faixa 1 contempla famílias com renda de até R$ 2.850 e oferece subsídio de até 95% do valor do imóvel. Já a Faixa 2, para rendas entre R$ 2.850,01 e R$ 4,7 mil, prevê subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos.

Para a Faixa 3, que atende famílias com renda entre R$ 4.700,01 e R$ 8,6 mil, não há subsídio, mas o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para ampliar o crédito disponível. Nessa faixa, é possível financiar imóveis de até R$ 350 mil, com juros nominais de 8,16% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). Cotistas do FGTS têm desconto de 0,5 ponto percentual na taxa, totalizando 7,66% ao ano.

Deixe um comentário