Militar da reserva agride e faz esposa refém e mata porteiro em prédio de Boa Viagem

O porteiro José Washington de Santana, de 53 anos, foi morto por um major da reserva do Exército, na noite dessa sexta-feira (16), em um prédio do bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

O profissional trabalhava e estava na portaria do condomínio no momento em que foi alvejado pelo militar. As primeiras informações indicam que o major fez esposa e filha reféns, no apartamento localizado no Edifício Monte Pascoal, na rua Tenente João Cícero.

Relatos de testemunhas indicam que o policial agrediu a esposa. Ao ouvirem a confusão, vizinhos pediram para que o porteiro ligasse para a polícia. O major, então, desceu à portaria e atirou diversas vezes contra José Washington, que morreu ainda no local. O porteiro teria sido alvejado com ao menos três tiros na cabeça.

Os relatos também apontam que a mulher chegou a se esconder no apartamento de um vizinho, mas, ao voltar para o seu, foi feita refém junto com a filha. As duas foram libertadas após negociações intermediadas pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope). Vídeos e imagens compartilhadas nas redes sociais mostram várias viaturas policiais na rua do edifício. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, o policial da reserva, de 60 anos, tirou a própria vida em seguida.

O caso será apurado pela corporação, que registrou o caso como homicídio consumado. “Um inquérito policial foi instaurado e maiores informações poderão ser repassadas após a completa elucidação dos fatos”, disse a polícia.

Os corpos do porteiro e do policial foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Santo Amaro, na área central do Recife.

Protesto de porteiros
Em luto pela morte do trabalhador, o Sindicato dos Trabalhadores em Condomínios (Sieec) organiza um protesto para a próxima segunda-feira (19). O ato está marcado para começar às 7h, em frente ao edifício onde José Washington onde trabalhava e foi morto, em Boa Viagem.

A categoria cobra mais segurança para os profissionais, com iniciativas como a blindagem das guaritas. “Está caracterizado como acidente de trabalho, ele morreu cumprindo o que determina o contrato. Queremos guaritas com mais segurança, blindada e que tenha uma norma para que os condôminos não tenham acesso”, falou o representante do sindicato, Adilson Porteiro, ao citar a vulnerabilidade dos profissionais, inclusive aos próprios condôminos.

Fonte Folha PE

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