Marcos Bacelar rebate declarações de mãe (Foto: Blog Waldiney Passos)

Juiz da Vara da Infância e Juventude de Petrolina, Marcos Bacelar falou pela primeira vez sobre o caso de João Pedro Rodrigues Coelho, garoto de Izacolândia, zona rural de Petrolina que tem alergia ao leite de vaca. Em entrevista ao programa Super Manhã com Waldiney Passos dessa segunda-feira (16), Bacelar negou que tenha tornado a mãe do menor, Tânia Coelho, ré na Justiça.

“Não processei Tânia, ela não é ré em processo nenhum. O que aconteceu foi um pedido de providência judicial provocado à Vara da Infância e Juventude. Nós mandamos chamar dona Tânia e o esposo dela, o processo foi julgado, em menos de 60 dias o processo estava julgado. Meu processo não foi contra ela ou o esposo“, justificou.

O processo

Segundo o juiz, durante o processo ele optou por seguir o entendimento dos inúmeros laudos médicos apresentados durante a tramitação na Justiça. “Tem um laudo de profissionais do plano de saúde e de outros médicos dizendo que essa alergia a leite não chega ao ponto que os cuidados que ela acha ser o correto. Posso até estar errado, mas o meu posicionamento naquele momento foi chamar o plano de saúde e tentar fazer o tratamento aqui. Ela só quer o tratamento do Ceará, o plano de saúde deu cinco alternativas a ela e o Ministério Público ofereceu opções, ela não quis“, destacou Bacelar.

Família não quis recorrer

Essa foi a primeira vez que o juiz comentou publicamente o tema e reiterou que em momento algum cerceou o direito dos pais do garoto, pelo contrário, eles que não optaram por se defender. “Ela gosta muito é da rádio, ela gosta muito de mídia. No processo eu oportunizei para ela fazer a defesa dela com a Defensoria Pública e os defensores disseram que não iam defendê-la porque ela brigou com todos. Dei prazo para ela procurar um advogado particular e o processo foi à revelia. Ela participou da audiência, ela foi ouvida e dei o prazo do recurso“, conclui.