Identificados primeiros casos da Febre do Oropouche em Pernambuco

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou nesta quarta-feira (22) a identificação dos primeiros casos de Febre Oropouche no estado.

O Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) confirmou a presença do vírus em amostras de exames realizados em dois pacientes, uma mulher de 45 anos e um homem de 35 anos, ambos residentes no município de Rio Formoso, na Mata Sul de Pernambuco.

A Febre Oropouche é causada pelo vírus Oropouche, um arbovírus do gênero orthobunyavirus, transmitido principalmente pelo mosquito do gênero Culicoides, conhecido popularmente como muriçoca ou pernilongo.

Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue, incluindo febre, cefaleia intensa, dor retro-orbitária e mialgias. Até o momento, não há registros de óbitos causados pela Febre Oropouche.

O Lacen-PE enfatizou a importância da vigilância epidemiológica nas ações de prevenção e conscientização da população, especialmente porque a doença é endêmica na Região Norte do Brasil e rara em outras regiões.

Equipes da Diretoria Geral de Vigilância Ambiental e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) estarão em Rio Formoso nesta quinta-feira (23) para investigar os casos e implementar medidas específicas de controle e redução dos mosquitos transmissores.

Eduardo Bezerra, diretor de vigilância ambiental, destacou algumas práticas preventivas que a população deve adotar para reduzir a exposição ao vírus Oropouche. “Apesar do enfrentamento ser um pouco mais complexo que a dengue, por exemplo, medidas como evitar áreas onde há muitos mosquitos, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele, além de manter a casa e o entorno limpos, uma vez que a muriçoca tem preferência por águas mais sujas”, explicou Bezerra.

As autoridades de saúde de Pernambuco estão em alerta e intensificando as ações de vigilância e prevenção para conter a disseminação do vírus. A SES-PE reforça a necessidade da colaboração da população nas medidas de controle e manutenção de um ambiente limpo, livre de criadouros de mosquitos.

A vigilância contínua e a conscientização da população são essenciais para prevenir novos casos de Febre Oropouche no estado.

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