Diretores do Hospital Dom Malan em Petrolina,  pertencente à rede estadual de saúde,  participaram nesta sexta-feira (04)  de uma audiência pública promovida pelo Ministério Público de Pernambuco para debater a saúde obstétrica no município.

O encontro aconteceu na Fundação Nilo Coelho e contou com a presença do diretor médico Danilo Kauêr, da diretora de ensino, Angélica Guimarães e da diretora administrativa do HDM Ismep, Ingride Lima.

Foram convidados também, representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da oitava gerência regional de saúde (VIII GERES).

A pauta do  debate foi a necessidade urgente de uma maternidade municipal para atender gestantes de risco habitual, (ou de baixo risco) que é aquela onde não há fatores de risco conhecidos que possam levar a complicações para a mãe ou o bebê.

Para o alto risco, a unidade de portas abertas é o Hospital Dom Malan que atende 53 municípios que compõem a Rede PEBA (hospitais dos estados de Pernambuco e Bahia conveniados ao SUS). “Uma grande solução para a obstetrícia de toda a macrorregional de saúde seria que Petrolina abrisse uma maternidade de baixo risco, a exemplo de Juazeiro. A discussão é o que o município poderia fazer nessa ampliação de atendimento,” explicou o diretor médico do HDM Ismep, Danilo Kauêr.

Segundo levantamento do MPPE, a maternidade municipal deverá disponibilizar cerca de 32 leitos para atendimento a parturientes.

A 4ª Promotora de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina, Ana Paula Cardoso, cobrou urgência do município de contratação de leitos da rede privada de saúde do município para atendimento imediato à população. “Nós queremos um edital lançado no prazo de 45 dias publicado para a  contratação de leitos da rede privada. Não podemos cogitar prazo maior do que esse. Se esse prazo não for cumprido, vamos entrar com uma ação judicial. Porque quando o município de Petrolina precisa, corre com levantamentos de verba e consegue. É hora de buscarmos efetivar uma solução,” frisou a promotora.