Em rede social, Saguinetti volta a afirmar que a morte de Beatriz não ficará impune

O médico-legista e professor da Universidade Federal de Pernambuco, George Sanguinetti, voltou a citar o caso do assassinato da menina Beatriz Angélica, que ocorreu em dezembro do ano passado em um colégio de Petrolina, nas redes sociais.

Sem criticar diretamente o trabalho da Polícia Civil de Pernambuco, o perito afirmou que o crime que abalou a região do Vale do São Francisco, não ficará sem solução. Na postagem Sanguinetti ainda afirma que “Irei avaliar, corrigir, como Professor que sou na matéria, e se não for esclarecido, irei esclarecer. Trabalhem, evitem constrangimentos. A execução da menor Beatriz não vai ficar impune.”

Confira o teor da publicação completa:

“Scene of crime. Scéne du crime. Sitio del suceso. Os ingleses,franceses, espanhóis, estudiosos de Criminalística e Medicina Forense, apontam o local do crime, como a grande contribuição para se chegar a autoria. Eis o ponto inicial para o esclarecimento do bárbaro, violento, hediondo, assassinato da menor Beatriz. Por que os que investigam não conseguem êxito? Caso insolúvel há oito meses. As ruas, as pontes, a reunião palaciana, mas onde estão os avanços? E o esclarecimento?

Nos primeiros meses, a cena do crime, o local do homicídio, era a sala desativada de guarda de material esportivo. Decorridos alguns meses, entrevistas de autoridades que investigavam, de peritos que trabalharam no caso, divulgaram que a morte, os quarenta e dois golpes de arma branca desferidos, ocorreram em outro local. E o que parecia ter sido um progresso, na verdade foi uma confissão de incapacidade, não se sabia o local do crime. Não havia provas técnicas que provassem, onde ocorreu a violência. Sei que há sigilo, quanto as investigações realizadas, quanto as pericias, mas tenham paciência, qual a contribuição dos vestígios?
O local do crime é a primeira grande fonte de provas materiais e objetivas, podendo-se encontrar elementos úteis, para a constatação do crime, para verificação do meio utilizado, do modo como foi praticado e também por quem. Eis o corpo de delito.
Antes, corpo de delito(corpus delicti) estava restrito só ao cadáver, mas atualmente passou a indicar todo elemento, que possa ser percebido no local da morte, que tenha relação com o ato criminoso.
Para que uma investigação seja iniciada, um processo, tem que haver o exame de corpo de delito, a materialidade do crime e as marcas e os vestígios deixados pelo criminoso. Só enxerga a contribuição de local quem tem competência! O local do crime é a autópsia do crime.( L. Bianchi. ).
Pelo tempo decorrido tenho que perguntar pelas impressões digitais moldadas,coloridas e latentes, pelo levantamento de vestígios, o exame do corpo no local, o exame do corpo em relação ao local de morte- este ainda não se sabe. Importante a contribuição das manchas de sangue onde o corpo foi encontrado( por contato, por gotejamento ou precipitação). O que permitiu a análise das gotas de sangue por gotejamento e por empoçamento?
O sigilo encobre a competência ou incompetência, se há boa atuação pericial, se a metodologia foi observada. Para muitos, ler minhas postagens, vai servir de curso preparatório. Para outros , um rumo a seguir. O sigilo não dura eternamente. Irei avaliar, corrigir, como Professor que sou na matéria, e se não for esclarecido, irei esclarecer. Trabalhem, evitem constrangimentos. A execução da menor Beatriz não vai ficar impune.”

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