Em campanha salarial, vigilantes de Petrolina cobram mais valorização dos patrões

Presidente do Sindvig conversou com Blog sobre campanha salarial da categoria

Os vigilantes de Petrolina estão em campanha salarial, cobrando mais valorização da categoria em 2023. Desde outubro de 2022, a categoria tem buscado diálogo com o sindicato patronal, porém, as propostas de reajuste estão abaixo do esperado.

De acordo com o Sindicato dos Vigilantes do Sertão (Sindvig Sertão), foram cinco audiências de conciliação – a última realizada ontem (02/02) – todas sem consenso. Cobrando avanços na negociação, na próxima quarta-feira (08/02), a categoria realizará uma manifestação na capital Recife.

“A gente foi para a quinta rodada de negociação e até agora não tivemos retorno positivo, porque o patrão quando ele vem para negociar, ele só vem falando da retirada de direitos“, afirma o presidente do Sindvig Sertão, Laécio Vasconcelos.

Em entrevista ao Blog, o presidente do Sindicato elencou os direitos que o patronal quer retirar. “Eles tão querendo tirar hora noturna reduzida, o vale-alimentação eles querem aumentar o desconto e outras retiradas de direito. E ainda na questão econômica, eles tão querendo dar 4,5% [de reajuste] e nós não aceitamos”, explica.

A demanda dos vigilantes

A reivindicação da categoria é o reajuste da inflação, mais ganho real. “Se a gente não tem o ganho real, a nossa categoria está perdendo a valorização”, explica Laécio. “Nós saímos da nossa casa e não temos retorno. Do ano passado para cá, nós perdemos muitos companheiros que foram assassinados para roubo de arma”, relembra o presidente.

Nova manifestação já está agendada (Foto: Cortesia)

“Estaremos lá dia 8 nesta grande manifestação, para poder a gente pressionar o patrão, para que ele venha com uma proposta legal para a gente. A gente está com menos de um salário mínimo, a nossa categoria cada vez mais está sendo desvalorizada”, destaca.

O Sindivig representa vigilantes que atuam nas escolas estaduais, agências bancárias e hospitais, em todas as regiões do Estado (Sertão do São Francisco, do Araripe, Moxotó, Central). Somente em Petrolina, são mais de 450 profissionais.

“Onde você entrar tem um vigilante. Nós estamos em todas as áreas fazendo a segurança e a gente está pedindo mais valorização e respeito a nossa categoria. Anos e anos a gente vem tendo perdas. Hoje a gente não está ganhando um salário e meio“, finaliza.

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