ELEIÇÕES 2022: AtlasIntel aponta virada de Jerônimo para liderar disputa na Bahia

O candidato do PT ao governo do estado, Jerônimo Rodrigues, pela primeira vez aparece na liderança da corrida eleitoral. É o que aponta a terceira rodada da pesquisa Atlas/Intel, contratada pelo Grupo A TARDE.

Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais, Jerônimo e o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) se encontram em empate técnico, mas os números indicam recuo das intenções de voto em Neto diante de um crescimento, ainda tímido, do candidato do PL, João Roma, representante do presidente Jair Bolsonaro.

Os números mostram Jerônimo Rodrigues (PT) com 38%, com uma oscilação de 0,2 ponto em relação à última pesquisa e um crescimento de 5,4 pontos desde o primeiro levantamento. Em segundo, está ACM Neto (União Brasil) com 35,6%. Uma queda de 3,2 pontos em relação ao último levantamento e 4,1 de retração desde o início da série.

João Roma começou com 10,5%, subiu para 13,2% e agora tem 14,7%, acumulando um crescimento de 4,2 pontos nas intenções de voto.

 “Em relação à pesquisa anterior, os números mostram variação dentro da margem de erro. Pela primeira vez Jerônimo aparece à frente de ACM Neto”, diz o cientista político e executivo-chefe da AtlasIntel, Andrei Roman.

Para ele, uma vitória de ACM Neto no primeiro turno “é quase impossível”. A única chance, indica, seria um voto estratégico dos eleitores de João Roma, “no último momento, para evitar uma vitória do PT”.

Segundo Roman, o único caminho para se decidir a eleição sem uma segunda votação seria uma migração dos eleitores de Neto, que também votam em Lula – sobretudo os mais jovens –, para a candidatura de Jerônimo. O que, no momento, não se verifica de forma consistente.

Num eventual segundo turno, João Roma perderia em qualquer simulação. Contra ACM Neto, 47,5% a 24,7%. Se o adversário for Jerônimo, o petista venceria por 45,9% a 27,7% demonstrando um teto para o candidato do PL. Se a disputa fosse entre Jerônimo e Neto, hoje, o ex-prefeito de Salvador teria 41,8% contra 40,8%, empate técnico.

Para Roman, as oscilações devem se acentuar a partir da veiculação de propaganda no horário eleitoral, que começa na sexta-feira, 26. “Com o início da campanha de rádio e TV pode se observar uma mudança mais rápida.  A tendência é de crescimento de Roma, mas tenho reservas”, diz.

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