Economia de Pernambuco cresce 3,7% e demanda por crédito dispara na região

A economia de Pernambuco experimentou um crescimento robusto de 3,7% entre janeiro e maio de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme o índice de atividade econômica do Banco Central.

O setor de comércio varejista ampliado foi o principal destaque, com um aumento notável de 8,4% nas vendas. Além disso, as exportações do agronegócio pernambucano cresceram impressionantes 65,3%, totalizando US$ 386,4 milhões.

De acordo com o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), divulgado no final de julho, esses resultados refletem um cenário de crescimento regional impulsionado pelo aumento no consumo das famílias, melhorias no mercado de trabalho, elevação do rendimento médio real e um processo de desinflação. A demanda por crédito também acompanhou esse crescimento econômico.

O Sistema Financeiro Nordestino registrou um saldo de operações de crédito de R$ 821,1 bilhões em maio de 2024, um crescimento de 10,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse aumento superou a média nacional de crescimento de crédito, que foi de 9,2% no mesmo período.

Ana Paula Medeiros Vieira, Coordenadora de Ciclo de Crédito da Central Sicredi Nordeste, destacou que os segmentos de Comércio e Serviços lideraram a demanda por crédito, representando 89% da carteira de crédito de pessoa jurídica em maio de 2024, com operações totalizando R$ 1,9 bilhão, o que representa um aumento de 22% em relação ao ano anterior.

Raio-X dos Créditos

No setor de comércio, o crescimento tem sido impulsionado pela oferta de crédito para supermercados, lojas de móveis e eletrodomésticos, e materiais de construção. As empresas buscam financiamento principalmente para capital de giro, expansão, modernização e aquisição de equipamentos. Segundo o Sicredi, os recursos têm sido usados para abrir novas lojas, renovar espaços físicos, investir em tecnologia, e-commerce e marketing.

Na carteira de crédito de pessoa jurídica, quase 70% está concentrada nas seguintes áreas: Capital de Giro com 45%, Energias Renováveis com 11%, Rotativos com 7% e Financiamento de Veículos com 6%, de acordo com Ana Vieira.

No setor de serviços, as principais necessidades incluem investimentos em tecnologia, treinamento e capital de giro. A demanda por crédito tem se voltado para a aquisição de softwares especializados, sistemas de gestão empresarial (ERP) e desenvolvimento de plataformas digitais.

Atender a essas necessidades de crédito é crucial para o crescimento e a sustentabilidade das empresas nos setores de comércio e serviços na região Nordeste. Esse apoio financeiro contribui significativamente para o desenvolvimento econômico local e regional,” conclui Ana Paula Medeiros Vieira.

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