Dólar sobe para R$ 5,46 com IOF e realização de lucros

Nesta terça-feira (1º), o dólar comercial fechou em alta de 0,51%, cotado a R$ 5,461, em um dia marcado por judicialização em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e movimentos de realização de lucros.

A cotação da moeda norte-americana chegou à máxima de R$ 5,47 durante a tarde. Apesar da valorização pontual, o dólar ainda acumula queda de 11,63% em 2025.

No mercado de ações, o Ibovespa seguiu em alta e encerrou o pregão com valorização de 0,5%, atingindo 139.549 pontos. É o terceiro maior nível da história, atrás apenas dos dias 19 e 20 de maio deste ano, quando o índice ultrapassou a marca dos 140 mil pontos.

Fatores que influenciaram o mercado

Judicialização do IOF: A decisão do governo federal de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar manter o decreto que elevava o IOF gerou desconfiança entre investidores, que interpretam o movimento como instabilidade institucional. O mercado, majoritariamente, apoiou a decisão do Congresso de derrubar o decreto, por considerá-lo de cunho arrecadatório.

Realização de lucros: Com o dólar em patamares baixos, investidores aproveitaram para comprar moeda estrangeira, o que elevou a cotação.
Externamente:

Dados econômicos dos EUA: A divulgação de dados mistos nos Estados Unidos — com produção industrial dentro das expectativas, mas criação de empregos acima do previsto — deu força ao dólar frente a moedas de países emergentes.

Declarações de Jerome Powell: O presidente do Federal Reserve afirmou que a política tarifária de Donald Trump atrasou o início do ciclo de cortes de juros nos EUA. A fala reacendeu incertezas sobre a política monetária norte-americana, impactando o câmbio global.

O início de julho foi marcado por volatilidade nos mercados, com o câmbio pressionado por questões políticas e econômicas internas, e o mercado acionário mantendo otimismo moderado, apesar das incertezas globais.

Especialistas alertam para um cenário de alta sensibilidade nos próximos dias, tanto por conta da tramitação de medidas econômicas no Brasil quanto por eventos internacionais ligados à economia dos EUA e decisões do Federal Reserve.

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