Divergência dos números divulgados chamam atenção na manifestação pro-anistia no Rio

No domingo, 16 de março de 2025, a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi palco de uma manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O evento reuniu milhares de pessoas com o objetivo de pressionar o Congresso Nacional a aprovar um projeto de lei que concederia anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

As estimativas sobre o número de participantes variaram significativamente, refletindo a polarização política que caracteriza o Brasil atualmente.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) afirmou que o ato contou com “mais de 400 mil pessoas”, enquanto pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estimaram a presença de aproximadamente 18,3 mil manifestantes, e o Datafolha calculou cerca de 30 mil participantes.

Essas divergências numéricas podem ser atribuídas a diferentes metodologias de contagem e interpretações dos dados, mas também refletem a polarização existente no país.

Estudos apontam que 78% dos brasileiros percebem o país mais dividido ideologicamente do que no passado, e as redes sociais desempenham um papel significativo nesse cenário, dividindo os internautas em grupos com posicionamentos distintos e, muitas vezes, exacerbando conflitos.

No contexto atual, figuras políticas como Jair Bolsonaro continuam a mobilizar expressivos contingentes de apoio. Em Copacabana, Bolsonaro discursou para seus seguidores, reiterando acusações de perseguição política e defendendo a anistia para os envolvidos nos ataques a instituições governamentais. Ele afirmou que uma eleição sem sua participação não seria democrática, enquanto seus aliados enfatizaram a necessidade de libertar os presos políticos.

A manifestação em Copacabana é um reflexo dessa divisão, mostrando como a sociedade brasileira está cada vez mais segmentada e como as manifestações públicas podem ser tanto um reflexo quanto um catalisador dessa polarização.

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