O Auditório do Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, Sest/Senat de Petrolina (PE) sediou nesta sexta-feira, o primeiro Ciclo de Debates para o aprimoramento da Medida Provisória (MP) 707, que prorroga o prazo para a renegociação das dívidas dos produtores rurais e dos contratos de financiamento dos transportadores de cargas.
Durante o debate, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), que preside a comissão mista do Congresso Nacional responsável pela análise da MP (CMMPV 707), sinalizou que o texto final da medida provisória deverá ser apreciado na semana do dia 12 de abril.
Participaram do debate, o senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso Nacional; o deputado estadual Miguel Coelho (PSB); o diretor-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe) e representante da Federação na Bahia (Faeb), Pio Guerra; o presidente do Instituto da Fruta da Bahia, Ivan Pinto; o presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Petrolina (STR), Francisco Pascoal Silva; o presidente do Sindicato Rural Patronal de Petrolina, Edis Ken Matsumoto entre outras autoridades.
Mais Incentivos
Todos os palestrantes convidados foram unânimes em defender que o governo federal deve perdoar a totalidade das dívidas dos agricultores. “Eles (os produtores) não querem renegociação dos contratos. Eles querem crédito com juros zero”, ressaltou Iran Wilker, da Fetag/BA.
Para o diretor da Abrafrutas, Guilherme Coelho, o governo não pode “condenar” os produtores. “Pois eles (agricultores) são vítimas. O governo tem que pegar na mão deles (produtores) e levantá-los”, afirmou. “O juro do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) tem que ser zero. Os produtores querem pagar suas dívidas e o governo tem que apoiá-los”, acrescentou.
O deputado Miguel Coelho citou outro ponto que, para ele, merece a atenção do governo federal. De acordo com o parlamentar, os produtores de Petrolina não têm recebido assistência técnica por parte da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
“Pedimos que o Ministério da Integração Nacional tenha mais sensibilidade com o pequeno produtor, que precisa de apoio”, defendeu. “Já faz mais de um ano que a Codevasf não dá assistência para o homem do campo. Não estamos discutindo apenas renegociação de dívidas, estamos discutindo sonhos de famílias”, completou o deputado.
Com informações da Ascom