O Brasil viveu seu dia mais vitorioso nos Jogos Paralímpicos, conquistando 16 medalhas: seis de ouro, três de prata e sete de bronze. Com esses resultados, o país já superou seu recorde histórico de pódios, alcançando 86 medalhas a um dia do encerramento do evento.
O recorde anterior, de 72 medalhas, foi estabelecido em Tóquio 2020 e no Rio 2016.
Além disso, o Brasil quebrou a marca de medalhas de ouro em uma única edição, com 23 ouros, superando o recorde anterior de 22 em Tóquio 2020. Com isso, o Brasil soma agora 459 pódios em Jogos Paralímpicos, incluindo 132 ouros, 157 pratas e 170 bronzes.
Atualmente, o Brasil ocupa a sexta posição no quadro geral de medalhas, com 23 ouros, 25 pratas e 38 bronzes, atrás da líder China. Quando considerado o total de medalhas, o Brasil é o quarto, atrás de China, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Seis atletas brasileiros subiram ao pódio no penúltimo dia das competições de atletismo. Rayane Soares, do Maranhão, venceu os 400m da classe T13 (deficiência visual) com um novo recorde mundial de 53s55. Jerusa Geber, de 42 anos, conquistou seu segundo ouro em Paris nos 200m da classe T11 (deficiência visual), igualando o recorde paralímpico com o tempo de 24s51.
No masculino, o fluminense Ricardo Mendonça e o paulista Christian Gabriel conquistaram prata e bronze, respectivamente, nos 200m da classe T37 (paralisia cerebral). Paulo Henrique dos Reis, do Mato Grosso do Sul, levou o bronze no salto em distância da classe T13, e Thomaz Ruan, de São Paulo, ficou com o bronze nos 400m da classe T47 (deficiência nos membros superiores).
O judô brasileiro encerrou sua participação em Paris com cinco medalhas, incluindo três de ouro. Arthur Silva, do Rio Grande do Norte, venceu na categoria até 90kg J1 (cegos totais), derrotando o britânico Daniel Powell. Wilians Araújo, da Paraíba, também levou o ouro na categoria acima de 90kg J1, enquanto Rebeca Silva, de São Paulo, foi campeã na categoria acima de 70kg J2 (baixa visão).
Marcelo Casanova, do Rio Grande do Sul, garantiu o bronze na categoria até 90kg J2, e Erika Zoaga, do Mato Grosso do Sul, conquistou a prata na categoria acima de 70kg J1, sendo derrotada pela ucraniana Anastasiia Harnyk na final.
Mariana D’Andrea, de São Paulo, conquistou o ouro na categoria até 73kg, garantindo o bicampeonato paralímpico após vencer também em Tóquio 2020. Mariana estabeleceu um novo recorde paralímpico ao levantar 148kg, superando a uzbeque Ruza Kuzieva e a turca Sibel Cam.
A carioca Lídia Cruz conquistou o bronze nos 50m costas da classe S4 (limitações físico-motoras), com um tempo de 52s00. A grega Alexandra Stamatopulou levou o ouro, enquanto a prata foi para a alemã Gina Boettcher.
Na canoagem, o piauiense Luís Carlos Cardoso conquistou a prata nos 200m da classe KL1 (remada com uso dos braços), enquanto Miqueias Rodrigues, do Paraná, ganhou o bronze nos 200m da classe KL3 (uso de braços, tronco e pernas).
No futebol de 5, o Brasil conquistou o bronze ao vencer a Colômbia por 1 a 0, com gol de Jefinho. A seleção feminina de vôlei sentado perdeu para o Canadá na disputa pelo terceiro lugar, ficando em quarto após derrota por 3 sets a 0.
Esses resultados destacam o desempenho brilhante da delegação brasileira, que segue fazendo história nos Jogos Paralímpicos de Paris.