A artista circense Camila Gomes, vítima de estupro durante um ataque criminoso em Central do Maranhão, se posicionou nas redes sociais sobre o caso que ocorreu na última sexta-feira (22).

Além do abuso, Camila e sua família enfrentaram agressões físicas, roubo e momentos de terror dentro do circo, que estava em turnê na região.

Segundo o relato, cinco homens armados invadiram o local cerca de 40 minutos após o término de uma apresentação. Os criminosos exigiram dinheiro, agrediram membros da família, incluindo dois idosos, e arrastaram Camila para o trailer onde ela foi abusada. No momento do crime, sua filha, de apenas 1 ano, estava no mesmo ambiente.

Camila declarou que um dos criminosos, que já havia assistido ao espetáculo, premeditou o ataque. Ele chegou a disparar contra ela, mas não a atingiu. “Senti Deus comigo. Ele fez com que a bala errasse“, disse a artista, que, apesar de traumatizada, destacou sua gratidão por ter protegido sua família.

O ataque resultou em ferimentos a outros familiares, incluindo uma idosa com Alzheimer, e levou ao cancelamento das apresentações restantes do circo na cidade. A família, originária do Pará, decidiu deixar Central do Maranhão.

A Polícia Civil do Maranhão informou que um dos suspeitos foi identificado como um adolescente de 17 anos, reconhecido pela vítima após retirar a máscara durante o crime. Ele teria cometido o estupro na frente da filha de Camila. O caso está sob investigação pela Delegacia de Cururupu, e medidas estão sendo tomadas para localizar e prender os envolvidos.

O governador Carlos Brandão (PSB) afirmou que as autoridades estão mobilizadas para solucionar o caso. Ele também destacou que a Delegacia Especial da Mulher, a Casa da Mulher Brasileira e a Secretaria da Mulher estão oferecendo assistência à vítima e sua família.

Camila recebeu atendimento médico em Pinheiro e está em acompanhamento psicológico remoto, devido à natureza itinerante de sua vida. O caso chocou a comunidade local, levando políticos e ativistas a condenarem a violência e pedirem justiça para a família.