Alepe discute violência das torcidas organizadas do último sábado

Os episódios de violência registrados no último sábado (1), antes da partida entre Santa Cruz e Sport, dominaram as discussões na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta terça-feira (4).

Parlamentares cobraram a identificação e punição dos envolvidos, enquanto a responsabilidade dos clubes e a atuação do Governo do Estado geraram debates.

O tema foi introduzido pelo deputado Waldemar Borges (PSB), que classificou as brigas entre torcidas organizadas como um problema de segurança pública que vai além da esfera policial. Ele também apoiou as declarações do secretário estadual de Defesa Social, Alessandro Carvalho, que apontou a conivência de dirigentes de clubes com grupos criminosos.

A deputada Dani Portela (PSOL) defendeu ações coordenadas entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Ministério dos Esportes, o Governo do Estado e a sociedade civil para promover a cultura de paz. Ela criticou a determinação de realizar os próximos cinco jogos entre Santa Cruz e Sport sem público, afirmando que apenas punir o futebol não resolve o problema da violência.

Já o deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) apontou falhas na atuação do Estado e criticou a legislação penal, que, segundo ele, facilita a soltura de criminosos detidos em flagrante. Ele sugeriu a instalação de câmeras de segurança e investimentos na cavalaria e na tropa de choque da Polícia Militar.

Outros parlamentares também se manifestaram. Joel da Harpa (PL) e Renato Antunes (PL) defenderam que as punições recaiam sobre os responsáveis diretos pelos atos violentos, sem penalizar os clubes e suas torcidas. Junior Matuto (PSB) cobrou do Governo do Estado uma postura mais firme no enfrentamento à crise de segurança pública.

A nova líder do governo na Alepe, Socorro Pimentel (União), afirmou que todas as medidas adotadas pelo Executivo foram articuladas com as autoridades policiais e o Ministério Público.

Para João Paulo (PT), a violência entre torcidas é um reflexo de problemas sociais mais amplos. O deputado solicitou a realização de uma audiência pública sobre o tema e destacou fatores como o efeito de grupo e a cultura do ódio como elementos que perpetuam esse cenário de confrontos.

Deixe um comentário