Absurdo: criança é constrangida e proibida de se alimentar em escola municipal de Juazeiro

Uma leitora do blog entrou em contato com nossa redação para denunciar um absurdo que estaria acontecendo em uma escola municipal de Juazeiro (BA): sua filha, de apenas seis anos, estaria sendo constrangida e proibida de se alimentar na instituição de ensino por ordem da gestora da unidade educacional.

De acordo com Larissa Vida Almeida Damasceno, mãe da garota, devido à má qualidade do lanche oferecido pela Escola de tempo integral Iracema da Paixão, que fica no bairro São Geraldo, às crianças, que, geralmente, seria só bolacha, ela decidiu enviar alimentos mais saudáveis para sua filha. No entanto, por esse motivo, a gestora da escola teria proibido a criança de comer com os outros alunos.

Eu expliquei a minha filha que na escola tinha um lanche, mas ela não se adaptou. Comecei a mandar a merenda na mochila e fui repreendida pela diretora, que disse que a escola tinha uma merenda balanceada e que dariam uma outra opção de lance para a criança. Após dois dias sem minha filha lanchar, eu procurei a escola. No terceiro dia com minha filha com fome, eu disse que não aceitaria essa situação”, relatou a mãe.

Larissa decidiu então procurar a Secretaria de Educação para resolver o problema após ter conhecimento de que a gestora teria recolhido uma coxinha de um outro aluno e impediu a criança de comer, sob o argumento de que era proibido levar lanche de casa para a escola.

Sem respostas, ela foi até a Defensoria Pública e foi informada pela assistente social que seria feito um contato com a direção da escola. No dia seguinte, a gestora disse que iria conversar comigo. “Quando cheguei, fui recebida por ela, um advogado e uma pessoa da secretaria da educação. Ou seja, tentaram me intimidar dizendo que estava na lei e que a diretora poderia sim se negar a receber qualquer tipo de alimentação”.

A assistente social teria, então, entrado em contato com a gestora e só assim ela teria recuado, afirmando que a criança poderia levar seus alimentos para a escola. No entanto, depois de dois meses sem aula, na semana passada, uma criança questionou a diretora o motivo de a filha de Larissa poder levar seu lanche e os demais não.

Nesse momento, segundo Larissa, a gestora teria colocado a sua filha para comer sozinha na sala de aula. “Minha filha estava comendo uma banana e uma maçã, e ela simplesmente pegou minha filha, jogou minha filha na sala de aula para comer sozinha e disse que ela comeria sozinha porque o seu lanche era diferente dos outros. Isso para mim foi uma forma de discriminação que minha filha sofreu”, afirmou.

Larissa disse, ainda, que está tomando todas as medidas cabíveis para levar o caso até a justiça, já que sua filha vem sofrendo esse tipo de discriminação e, inclusive, segundo ela, problemas psicológicos, pois a criança já tem medo da gestora reclamar dos alimentos que ela leva para a escola.

Nosso blog entrou em contato com a secretaria de educação de Juazeiro e aguarda resposta.

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