Sinttrop busca mobilizar categoria para que profissionais não sejam prejudicados com nova licitação do transporte público em Petrolina

As mudanças no sistema de transporte coletivo em Petrolina são iminentes. Em abril uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores debateu o processo licitatório, no entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Petrolina e da Região do Sertão de Pernambuco (Sinttrop) teme os rumos dessa mudança.

Na última quarta-feira (16) o Sinttrop reuniu a categoria a fim de debater caminhos e tentar garantir direitos aos profissionais filiados. Segundo o presidente do sindicato, Edinaldo José de Lima a principal reivindicação do grupo é a manutenção dos postos de trabalho.

Com a nova licitação, a empresa vencedora ocupará o espaço das existentes hoje – Joalina e Viva Petrolina – e não têm obrigação de pagar os direitos trabalhistas dos motoristas. “É fato, vai haver licitação. Nós não somos contra as melhorias no sistema, nós queremos dirigir ônibus novos, mas nós também queremos a garantia dos nossos direitos trabalhistas”, afirmou Edinaldo.

Profissionais temem perda de direitos trabalhistas

A categoria relata que sofre perdas consideráveis há mais de 17 anos, como relembra o presidente. “A gente quer a garantia das rescisões, porque se a empresa fechar quem vai pagar esses valores? Na outra mudança, mudou-se de empresa e o trabalhador ficou sem nada. Se quer chegar uma empresa nova, que chegue, mas respeite a gente trabalhador, nós temos família. Já fomos penalizados com fechamento de empresa, com a retirada de cobradores e esperamos que venha o bom senso do poder público”, disse.

O Sinttrop foi fundado em 1998 e por décadas ficou centralizado em um presidente. Edinaldo José assumiu o sindicato há pouco mais de um ano e destaca que hoje existem aproximadamente 600 filiados, dos quais 200 trabalham no transporte coletivo.

O tesoureiro do sindicato, Erisvan da Costa também afirma que a maior parte dos vereadores da Casa Plínio está omissa em relação aos pedidos dos motoristas. “A gente conversou com alguns vereadores, sem sucesso até agora. Foi feita uma audiência por Cristina [Costa] e Gilmar [Santos] onde a gente colocou as nossas solicitações e foi encaminhado a AMMPLA, mas não tivemos reposta [da AMMPLA]”, ressalta.

Nesta segunda-feira (21) será realizada uma nova Audiência Pública, a fim de dar continuidade ao debate sobre a licitação. A categoria já garantiu que irá até a Casa Plínio Amorim, com o um único objetivo: ser ouvido pelo poder público.

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