Um caso extremamente raro e trágico de ataque de onça-pintada a um ser humano foi registrado na região de mata de Touro Morto, no Mato Grosso do Sul. Jorge Avalo, de 60 anos, que trabalhava como caseiro em uma propriedade rural, foi morto pelo felino, cujo comportamento incomum chamou a atenção de autoridades e especialistas.
De acordo com a CNN Brasil, o corpo de Avalo foi localizado pela Polícia Militar Ambiental (PMA) após buscas na área. No momento da localização, a onça-pintada foi flagrada arrastando os restos mortais por mais de 50 metros.
A equipe de resgate precisou realizar disparos com armas de fogo para afugentar o animal. Ainda segundo a emissora, a onça retornou ao local e tentou arrastar o corpo novamente, chegando a atacar um dos membros da equipe de resgate.
Ataques de onça-pintada a humanos são extremamente raros no Brasil, país que abriga a maior população desse felino nas Américas. A espécie, embora predadora de topo, geralmente evita o contato com seres humanos. Casos como esse são considerados exceções e, segundo especialistas, classificam-se como fatalidades — episódios isolados que fogem do comportamento típico da espécie.
A causa do ataque ainda está sendo investigada. Entre as hipóteses consideradas estão a escassez de alimento na região, uma possível reação defensiva do animal ou até mesmo alguma ação involuntária da vítima que tenha despertado o instinto territorial da onça.
A ocorrência, apesar de impactante, não reflete o padrão de interação entre humanos e onças-pintadas no país. O caso serve como alerta para a necessidade de preservação do habitat natural da espécie e também para o desenvolvimento de estratégias que garantam a segurança de pessoas que vivem ou trabalham em áreas de mata.
A onça-pintada é um símbolo da biodiversidade brasileira e tem papel essencial no equilíbrio ecológico. Casos como o ocorrido em Touro Morto reforçam a complexidade da convivência entre humanos e fauna silvestre em regiões de fronteira ambiental.