Uma pesquisa realizada pelo instituto Quaest e divulgada nesta quarta-feira (2) aponta um crescimento na desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O levantamento revela que 56% dos eleitores avaliam negativamente a gestão, o maior índice desde o início do mandato e a primeira vez que ultrapassa a marca dos 50%. Já a aprovação caiu para 41%, o menor percentual registrado até o momento.
A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de março, com 2.004 entrevistados em todo o país, e apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Principais destaques da pesquisa:
Entre as mulheres e os pardos, a desaprovação superou a aprovação pela primeira vez.
No Nordeste, região onde Lula historicamente conta com maior apoio, os índices ficaram tecnicamente empatados: 52% de aprovação contra 46% de desaprovação.
No Sudeste, a desaprovação subiu para 60%, enquanto a aprovação recuou para 37%.
No Sul, a rejeição ao governo também cresceu, atingindo 64%, contra 35% de aprovação.
Entre os mais jovens (16 a 34 anos), a desaprovação subiu 12 pontos percentuais, alcançando 64%.
A desaprovação também cresceu entre os eleitores de baixa renda (até 2 salários mínimos), resultando em um empate técnico nesse segmento: 52% de aprovação contra 45% de desaprovação.
Comparativos com gestões anteriores
A pesquisa também avaliou a percepção da população sobre o atual governo em relação aos mandatos anteriores de Lula e à gestão de Jair Bolsonaro (PL). Para 53% dos entrevistados, o atual governo é pior que os anteriores de Lula, enquanto 23% consideram igual e 20% avaliam como melhor.
Em comparação ao governo Bolsonaro, 43% afirmam que a atual administração é pior, 39% dizem que é melhor e 15% a enxergam como igual.
Expectativas para os próximos anos
Apesar do aumento na desaprovação, 81% dos entrevistados acreditam que Lula fará um governo diferente nos próximos anos, enquanto 15% preferem que ele mantenha a mesma linha de atuação e 4% não souberam opinar.
O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, reforça a percepção de uma crescente insatisfação com o governo, especialmente em segmentos onde o presidente historicamente teve apoio expressivo.