Governo Federal firma acordo para impulsionar energia na agricultura irrigada

O Governo Federal assinou, nesta terça-feira (5), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para fortalecer a infraestrutura energética voltada à agricultura irrigada no Brasil.

A iniciativa, chamada de Aliança pelo Desenvolvimento Energético dos Pólos e dos Projetos de Irrigação do Brasil, envolve os Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), de Minas e Energia (MME) e da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Com 8,5 milhões de hectares irrigados e potencial de expansão para 55 milhões, o Brasil enfrenta desafios na oferta de energia elétrica confiável e acessível para o setor. O ACT busca integrar esforços institucionais e garantir soluções inovadoras dentro da Política Nacional de Irrigação (Lei nº 12.787/2013), promovendo eficiência produtiva, hídrica e ambiental.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, destacou que investir na expansão da irrigação atende a uma demanda do presidente Lula, associada ao combate à fome. “Este acordo garante segurança energética e energia de qualidade para polos e projetos de irrigação, permitindo a expansão das áreas irrigadas. Com isso, fortaleceremos a produção de alimentos de baixa emissão, ampliando o abastecimento e o combate à fome. Além disso, impulsionaremos o desenvolvimento regional com inclusão socioeconômica, em uma aliança essencial para o povo brasileiro e um pedido do presidente Lula”, afirmou.

A gerente de suprimentos da Franciosi Agro, Ana Paula Franciosi, ressaltou que a irrigação permite o crescimento da produtividade sem a necessidade de expansão territorial. “Crescer verticalmente significa aumentar a produção na mesma área, sem expandir terras, maximizando a produtividade de forma sustentável e com menor custo. Foi assim que desenvolvemos a chamada irrigação de complementação, que não substitui a chuva, mas a reforça, reduzindo o consumo de água e permitindo pelo menos duas safras ao ano. Isso gera trabalho contínuo, amplia o número de empregos e impulsiona novas culturas, como o algodão, que demanda infraestrutura para beneficiamento”, explicou.

A assinatura do ACT representa um passo estratégico para consolidar o Brasil como líder global na produção agrícola sustentável, integrando políticas energéticas e agrícolas para um crescimento planejado e ambientalmente responsável.

O evento contou com a participação de ministros, governadores e representantes do setor agropecuário, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar.

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