Copom deve elevar Selic em 1 ponto na reunião desta quarta-feira

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define nesta quarta-feira (29) o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. A decisão ocorre em meio à alta do dólar e dos preços dos alimentos e marca a primeira reunião sob a presidência de Gabriel Galípolo.

O mercado financeiro prevê uma elevação de 1 ponto percentual, levando a taxa de 12,25% para 13,25% ao ano. Essa seria a quarta alta consecutiva da Selic, conforme apontado no boletim Focus, pesquisa semanal com analistas do setor.

Em sua última reunião, realizada em dezembro, o Copom já havia sinalizado novas elevações para janeiro e março, justificadas pelo aumento das incertezas externas e pelos impactos do pacote fiscal do governo no final de 2024.

A ata da reunião anterior do Copom alertou para um possível prolongamento do ciclo de alta da Selic. O Banco Central destacou que a política monetária precisa permanecer contracionista para conter a inflação, impulsionada pela valorização do dólar.

De acordo com o boletim Focus, a projeção de inflação para 2025 subiu de 4,96% para 5,5% nas últimas quatro semanas, superando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com intervalo de tolerância de até 4,5%.

A Selic influencia diretamente o custo do crédito e os investimentos no país. Quando a taxa sobe, o crédito fica mais caro, o que reduz a demanda e ajuda a controlar a inflação. No entanto, juros elevados também podem desacelerar a atividade econômica.

O Copom se reúne a cada 45 dias para avaliar o cenário econômico e definir a Selic. No novo modelo de meta contínua de inflação, em vigor desde janeiro, o Banco Central monitora os preços acumulados nos últimos 12 meses, ajustando sua estratégia ao longo do tempo.

O próximo Relatório de Inflação do Banco Central será divulgado em março, podendo revisar as projeções atuais conforme a evolução da economia e do câmbio.

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