A arqueóloga Jainy da Conceição Mendes, egressa da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), foi agraciada com menção honrosa no 12º Prêmio Luiz de Castro Faria, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A estreia, realizada na última segunda-feira (16), em Brasília, acompanhou seu artigo “Os caboclos bravos em Massapê do Piauí” , na Categoria II, sobre a Arqueologia das Repressões e Resistências.

O artigo, que foi o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Jainy, foi orientado pelo professor Alencar de Miranda Amaral e apresenta uma análise sobre as memórias das populações rurais de Massapê do Piauí e sua relação com o passado indígena.

Uma pesquisa revela narrativas sobre os “caboclos bravos”, povos indígenas perseguidos e escravizados na região. Jainy destaca que esses relatos ajudam a questionar a ideia do extermínio dos povos originários e explorar a complexidade da ancestralidade indígena e afrodiaspórica.

A estreia, que incluiu um vídeo de Jainy exibido durante o evento, também é um reflexo da qualidade da pesquisa desenvolvida na Univasf. O professor Alencar Amaral ressaltou a importância do trabalho de Jainy, que se destaca pela sua abordagem afetiva e familiar com a comunidade, e pela metodologia inovadora.

Jainy, formada em 2022.2, vê o reconhecimento como um marco importante em sua carreira e na sua busca por resgatar a história e ancestralidade do povo de Massapê. A premiação, segundo ela, tem grande significado tanto profissional quanto pessoal, reforçando sua identidade e seu vínculo com a história local.

O 12º Prêmio Luiz de Castro Faria premiou quatro artigos, dois na Categoria I sobre a preservação do patrimônio arqueológico e dois na Categoria II, abordando a Arqueologia das Repressões e Resistências. Criado em 2013, o prêmio é uma homenagem ao museólogo e antropólogo Luiz de Castro Faria.