Bahia aposta na produção de tâmaras como nova alternativa para a agricultura

O Governo da Bahia deu um passo importante na diversificação agrícola do estado com o lançamento de um projeto focado no cultivo de tamareiras.

Por meio de uma parceria institucional entre a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), em colaboração com a Embrapa e a Universidade do O Estado da Bahia (Uneb), o estado está promovendo o cultivo de tâmaras como alternativa de renda para os agricultores locais.

O governador Jerônimo Rodrigues se reuniu com o embaixador dos Emirados Árabes Unidos, Saleh Alsuwaidi, e representantes da Al Foah Company para discutir o avanço da parceria que visa introduzir essa cultura em solo baiano.

Após o encontro, a comitiva, acompanhada pelo secretário da Agricultura, Wallison Torres, e o diretor da ADAB, Paulo Sergio Luz, visitou áreas de plantio em Juazeiro, onde o clima semiárido é ideal para o desenvolvimento das tamareiras.

Essa parceria representa um marco para a agricultura baiana”, destacou o secretário Wallison Torres. Ele ressaltou que a tâmara tem grande valor comercial, especialmente no Oriente Médio, e poderá gerar novas oportunidades econômicas para os agricultores da região.

O projeto busca aproveitar as condições climáticas climáticas do semiárido baiano para o cultivo da tamareira. As primeiras mudas, enviadas por Al Foah, já estão em quarentena na Embrapa, garantindo que haja livres de doenças antes de serem plantadas nas regiões estratégicas do estado, como o Território do São Francisco e a Bacia do Rio Grande.

Ao todo, a Bahia recebe mais de dois mil mudas de tamareiras. As plantas estão sendo testadas em biomas como o Cerrado e a Caatinga, onde as condições climáticas se assemelham às do Oriente Médio. A previsão é que a primeira colheita ocorra dentro de dois a três anos, com expectativa de transformar a Bahia no principal exportador brasileiro de tâmaras em até seis anos.

A Embrapa e a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), acompanharão o técnico do plantio, aplicando tecnologias avançadas como a microaspersão e aprimoramento genético para garantir o sucesso do projeto.

Com esse esforço, o governo da Bahia espera não apenas diversificar a economia agrícola local, mas também consolidar o estado como um importante player no mercado de tâmaras, com potencial de fortalecer ainda mais a economia local e abrir novas oportunidades de negócios para os agricultores baianos .

Deixe um comentário