Defesa de Bolsonaro diz que ex-presidente não tinha ingerência sobre joias recebidas

A defesa de Jair Bolsonaro declarou nesta segunda-feira (8) que o ex-presidente não exercia “qualquer ingerência” sobre os presentes recebidos durante suas viagens oficiais.

Esta manifestação ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo do relatório que acusa Bolsonaro e mais 11 pessoas de desviarem joias sauditas recebidas durante o governo do ex-presidente. Segundo a Polícia Federal, os desvios podem somar até R$ 6,8 milhões.

Os advogados Paulo Bueno e Daniel Tesser, que representam Bolsonaro, explicaram que os presentes são recebidos pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), um setor da Presidência da República responsável pela catalogação rigorosa desses itens, sem que o presidente tenha qualquer controle sobre esse processo.

Todos os ex-presidentes da República tiveram seus presentes analisados, catalogados e com sua destinação definida pelo GADH, que, é bem de se ver, sempre se valeu dos mesmos critérios empregados em relação aos bens objeto deste insólito inquérito, que, estranhamente, volta-se só e somente ao governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas havidas em governos anteriores“, afirmou a defesa.

Os advogados argumentaram que a investigação apresenta um tratamento seletivo, destacando que procedimentos similares adotados em governos passados não receberam a mesma atenção.

Fonte Diário de Pernambuco 

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