Luciano Duque (Solidariedade) criticou a postura da vice-presidente da Regional Nordeste do seu partido, Marília Arraes, por não manifestar apoio à sua pré-candidatura à Prefeitura de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú.
O parlamentar, que já foi prefeito do município por dois mandatos consecutivos (2013-2020), havia anunciado a sua intenção de disputar as eleições municipais. O deputado disse ter sido surpreendido no último fim de semana com a decisão de Marília de apoiar a reeleição da atual prefeita da cidade, Márcia Conrado (PT).
“Saí do PT, partido em que construí longa trajetória, para dar suporte ao seu projeto ao Governo do Estado de Marília, e, para minha surpresa, ela estará com o grupo que a rejeitou, humilhou e caluniou”, destacou.
Segundo Duque, a postura da integrante do Solidariedade teria a ver com o fato de, na Alepe, o parlamentar ter votado favorável a projetos da gestão Raquel Lyra. “Para mim, isso é violência política. Aqui, tenho outras responsabilidades. Fui eleito para a Alepe para representar o interesse do povo pernambucano”, argumentou.
Em aparte, o líder do governo, Izaías Régis (PSDB), manifestou apoio ao parlamentar. Segundo Régis, Marília Arraes está “dando um tiro no próprio pé”, ao não dar suporte a lideranças políticas que estiveram ao seu lado nas eleições passadas. Socorro Pimentel (União) também defendeu o colega. “Não deixar que vossa excelência dispute as eleições é, de fato, uma violência política.”
Ainda em relação às eleições municipais, Dani Portela (PSOL) subiu à tribuna acompanhada do seu filho Jorge, de apenas quatro meses, para anunciar sua pré-candidatura à prefeitura do Recife. A deputada ressaltou a importância das mulheres na política, mas destacou as dificuldades para conciliar a maternidade com o trabalho de deputada estadual.
Mesmo assim, a parlamentar salientou que a maternidade não impedirá nenhuma mulher de estar onde desejar. “Até bem pouco tempo atrás, o lugar da mulher era restrito ao privado, ao ambiente doméstico e a tarefa dos cuidados. Hoje o nosso lugar é na política, nas prefeituras, nas casas legislativas, municipais, estaduais e federais. O nosso lugar é onde a gente quiser”, afirmou.