
(Foto: Ascom)
Líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB) analisou o cenário da CPI da Covid durante entrevista ao programa Super Manhã com Waldiney Passos, nesta quinta-feira (22). O político petrolinense lembrou que não compete a CPI investigar governadores e prefeitos, por não ser da alçada do Senado e acredita num debate técnico durante os trabalhos.
“É um debate que precisa ser técnico, restrito a causas que motivaram a sua criação. Vamos tentar identificar quais foram as políticas públicas utilizadas, como também verificar a correta aplicação dos recursos que foram transferidos aos municípios brasileiros”, disse à Rádio Jornal Petrolina.
Sem risco de impeachment, afirma FBC
Na opinião do senador, essa CPI será o momento ideal ao Governo Federal para confirmar a atenção com estados e municípios. Mas reitera, não é hora de fazer política. “A nossa expectativa é que de fato, a CPI não sirva de palanque eleitoral“, pontuou.
Questionado por Waldiney Passos sobre a possibilidade de a CPI resultar em um impeachment de Bolsonaro, o senador afirma que tal hipótese não existe. “Longe disso. Ninguém trabalha com esse cenário, acho que a CPI vai ser uma oportunidade para a população possa tomar conhecimento das ações concretas e positivas desenvolvidas pelo governo Federal. Não acredito em nenhuma hipótese que a CPI possa avançar para criminalizar a pessoa do presidente Bolsonaro”, ratificou.
Ainda segundo FBC, esse não seria o momento ideal para propor uma CPI, já que o debate dificilmente ocorrerá de forma remota. “É muito difícil que uma CPI possa se desenvolver de forma remota. O senado federal já perdeu três senadores para covid. Nós não queremos colocar risco àquelas pessoas que serão convidadas [para participar]“, disse.
Governo Federal busca vacinas
Muito além da CPI, o senador também destacou a atuação do Governo Federal na compra das vacinas contra a covid-19. Apesar das tratativas da União, apenas dois imunizantes estão disponíveis aos brasileiros, a CoronaVac (Butantan) e AstraZeneca/Oxford (Fiocruz).
Vacinação dos brasileiros
“Tem muito trabalho que está sendo feito e que vai caracterizar que o Brasil tenha uma chance muito grande de ter toda sua população vacinada até o final do ano. E a nossa expectativa é que a população de risco, todos aqueles que têm mais de 50 anos possam estar vacinados, imunizados até o final de julho“, finaliza.