
(Foto: arquivo pessoal)
Por Moisés Almeida – Professor da UPE/Petrolina e Doutorando em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Infelizmente o servidor público vem ao longo dos últimos anos sendo atacado. Os direitos conquistados com muita luta estão sendo questionados e até mesmo retirados, como se fossem regalias. A narrativa tão bem construída tenta criar um conflito entre a classe trabalhadora, parametrizando as atividades no mundo do trabalho entre o setor privado e setor público. É isso que se escuta por aí: “O trabalhador do setor privado trabalha e o trabalhador do setor público enrola”. Ouvimos todos os dias que “se você não quer trabalhar, passe num concurso público”. Esse tipo de narrativa tem colaborado para que os direitos conquistados sejam cada vez mais atacados.
Vejamos a situação dos docentes da educação básica que são acusados de “doutrinar” seus alunos através do projeto “escola sem partido”. Essa estratégia da classe dominante representa também um ataque ao trabalhador(a) da educação. Os docentes do ensino superior estão sendo chamados de “esquerdopatas” e as ciências humanas sendo tratadas como lixo na sociedade. Cada vez mais vem diminuindo o mercado de trabalho para profissionais em educação, como por exemplo, da Geografia, da História, da Sociologia e da Filosofia. Universidades públicas sendo acusadas de espaço para tráfico de drogas, prostituições etc.