Superbactéria fecha emergência do IMIP no Recife

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A emergência obstétrica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) estaria fechada desde o início desta semana. A medida teria sido tomada após ser detectada a presença de uma superbactéria na UTI neonatal do Instituto. O fechamento da unidade estaria sobrecarregando outros hospitais da rede pública, como o Hospital Agamenon Magalhães, o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam),  Hospital das Clínicas, além das maternidades municipais.

Procurada pela reportagem, a assessoria do  IMIP afirmou, em nota, que “a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal encontra-se no momento com internamento restrito em decorrência das atividades de desinfecção do referido serviço, com previsão de retornar ao pleno funcionamento nas próximas 24 horas”. Por sua vez, profissionais do Cisam confirmaram que o Imip estaria fechado por conta do “agente infeccioso”.

No Agamenom Magalhães (HAM), as grávidas estariam se amontoando na triagem e no corredor do quarto andar do prédio, onde fica o centro obstetrício. “Nesta quinta-feira, há 54 grávidas prontas para dar a luz, sendo preparadas pelas enfermeiras e técnicas para o parto, enquanto a capacidade é para 15 pacientes”, disse um funcinário do HAM que não quis se identificar. Segundo ele, o setor de triagem, que funciona no térreo da unidade, também estaria lotado.

De acordo com o funcionário do HAM, por conta da superlotação, até mesmo a sala expurgo, utilizada para armazenar dejetos, estaria sendo utilizada para receber as pacientes. Segundo profissionais da enfermagem do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), há uma sobrecarga maior nos hospitais da rede pública por conta da superbactéria. “São poucos leitos e muita mulher. Nós já trabalhamos com a superlotação. Então quando fecha uma UTI sobrecarrega ainda mais hospitais da rede”, relata Benita Spinelli, que trabalha na superintendência de enfermagem do Cisam.

“A enterocolite é o agente que causa a infecção. Nesses casos é preciso fechar a UTI para evitar novos riscos”, explica a gerente da enfermagem obstétrica do Cisam, Carla Cristina.

Com informações Diário de Pernambuco

Ministro da Saúde descarta ideia de bolsa repelente para grávidas

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, descartou nesta sexta-feira (15) a distribuição de repelentes para todas as grávidas do país. A entrega foi anunciada em dezembro pelo governo, em uma tentativa de conter os casos de microcefalia associados ao vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

O ministério voltou atrás na estratégia, segundo o ministro, porque os laboratórios brasileiros não têm capacidade de suprir a demanda de repelentes para distribuição a todas as grávidas do país. Castro disse que agora serão definidos novos critérios para a distribuição, mas reconheceu que ministério ainda não sabe a quantidade exata de repelente que pode ser adquirida.

“O Exército Brasileiro nos passou a informação de que tinha um laboratório que produzia repelentes para os soldados e deu entender que teria capacidade de produzir isso para o Brasil. E qual foi a conclusão que nós chegamos? O Exército e todos os laboratórios do país que consultamos, de um a um, todos juntos, não estão preparados para produzir essa quantidade de repelente que nós precisamos de imediato”, explicou.

Antes da mudança de plano, a ideia do ministério era começar a distribuição de repelente até fevereiro, auge do verão, quando o Aedes aegypti atinge seu pico de proliferação. Além do vírus Zika, o mosquito também transmite dengue e febre chikungunya. (Com informações da EBC)

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