Em menos de duas semanas, o estado de Pernambuco registrou quatro tremores de terra, sendo o mais recente ocorrido na sexta-feira (16), no município de Caruaru, no Agreste do estado. Os eventos sísmicos têm chamado a atenção de especialistas e da população local.
Segundo André Tavares, engenheiro eletricista do Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os abalos sísmicos registrados têm relação com a presença de falhas geológicas na região, que estariam sendo reativadas ou movimentadas, o que explica os recentes tremores.
Embora o tremor mais recente, registrado em Caruaru, tenha sido de baixa magnitude (1.9 na escala Richter), Tavares alerta para a possibilidade de novos eventos, inclusive com intensidade maior.
O engenheiro destaca que, diferentemente de fenômenos meteorológicos, os tremores de terra não podem ser previstos em termos de tempo, local ou intensidade. Ele explica que esses eventos são naturais e resultam da liberação de energia acumulada em falhas geológicas.
Além do evento mais recente, Caruaru também foi palco de outro tremor no dia 6 de maio, com magnitude de 2.0mR. Outros dois tremores foram registrados no estado: um em Paudalho, também em 6 de maio, com 2.1mR, e outro em São Joaquim do Monte, no dia 8 de maio, com intensidade semelhante.
Abalos sísmicos são fenômenos naturais causados pela propagação de ondas mecânicas originadas no interior da Terra, especialmente em áreas de falhas geológicas ou nas bordas de placas tectônicas. No Brasil, onde essas ocorrências não são tão comuns quanto em regiões geologicamente instáveis, os episódios costumam estar ligados à reativação de falhas já existentes.
As informações são do Diário de PE