Irmão de presidente da Alepe é alvo de operação da PF que investiga fraude em licitações

O ex-deputado estadual Eduardo Porto está entre os investigados da Operação Firenze, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (5). A ação apura um esquema milionário de fraudes em licitações públicas e lavagem de dinheiro, envolvendo contratos com órgãos municipais e estaduais para terceirização de mão de obra entre 2021 e 2024.

De acordo com a PF, os prejuízos causados aos cofres públicos podem chegar a R$ 881,9 milhões. A investigação segue sob sigilo, e o número exato de investigados não foi divulgado.

Eduardo Porto é irmão de Álvaro Porto, atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), e de Carlos Porto, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), aposentado em 2023. Ele também é tio de Eduardo Lyra Porto, conselheiro da mesma Corte. Nenhum dos familiares citados é alvo da investigação.

Informações apuradas indicam que Eduardo Porto estaria ligado a um dos núcleos investigados por supostas conexões com empresas beneficiadas nos contratos suspeitos. Um segundo núcleo investigado seria comandado por um político com base em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.

A operação contou com a atuação de 95 policiais federais e seis auditores da Controladoria-Geral da União (CGU), que cumpriram 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Timbaúba, Jaboatão dos Guararapes e em São Paulo. Um dos endereços alvo foi uma residência em Alphaville Pernambuco, condomínio de luxo localizado na BR-232, que teria ligação com Eduardo Porto.

Durante as buscas no local, os agentes encontraram um revólver da marca Smith & Wesson, modelo Magnum, calibre .357, com seis munições. O auxiliar técnico Osvaldo Pereira de Medina Neto, marido da enteada de Eduardo Porto, assumiu a posse da arma e foi preso em flagrante.

De acordo com o advogado Gervásio Lacerda, que representa Osvaldo, ele não é investigado no inquérito e foi autuado apenas pela posse irregular da arma de fogo. Após audiência de custódia realizada na sexta-feira (6), Osvaldo responderá ao processo em liberdade.

As informações são do Diário de PE 

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