UFPE precisa cortar gastos e quase R$ 24 milhões para terminar o ano, diz reitor

Em coletiva realizada nesta terça-feira (8), o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, anunciou uma série de medidas de contenção para assegurar o funcionamento da instituição até o final de 2025.

Segundo o reitor, o orçamento atual só cobre despesas até o mês de outubro do próximo ano, o que exige ações imediatas para evitar a paralisação das atividades.

Acompanhado pelo vice-reitor Moacyr Araújo, Alfredo explicou que os cortes impactarão cerca de 40 mil estudantes, além de três mil professores efetivos e diversas atividades acadêmicas. Estão suspensos o lançamento de novos editais, contratos e atividades de campo, com exceção das que fazem parte do currículo essencial dos cursos de graduação.

De acordo com o reitor, a UFPE necessita de um aporte de R$ 23,9 milhões para manter todas as suas atividades plenamente operacionais até dezembro de 2025. Embora o Ministério da Educação tenha liberado uma recomposição orçamentária de R$ 7,9 milhões em junho, o valor ainda é considerado insuficiente.

Apesar dos cortes, as bolsas de assistência estudantil e programas de permanência, como monitoria e pesquisa, serão preservadas. Os restaurantes universitários também continuarão funcionando normalmente. No entanto, a manutenção de infraestrutura, como conserto de ar-condicionados, redes de esgoto e poços, sofrerá impacto direto.

O orçamento da UFPE para 2025 foi fixado em R$ 170 milhões, valor inferior ao repassado em 2014, quando a instituição recebeu R$ 233 milhões.

Sobre o campus em construção em Sertânia, no Sertão de Pernambuco, Alfredo afirmou que ele seguirá com o cronograma normal, pois possui orçamento próprio e não será afetado pelas medidas anunciadas.

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