Com trajetória vitoriosa, jovem multiatleta pernambucano destaca importância do incentivo ao esporte

Para Paulinho, o esporte vai além da paixão: é parte essencial de sua identidade. Filho do renomado técnico da Seleção Brasileira de Karatê, Paulo Franco, o jovem de 19 anos constrói uma carreira de destaque como multiatleta, colecionando títulos e superando desafios.

No karatê, acumula conquistas expressivas: é nove vezes campeão brasileiro, atual campeão sul-americano nas categorias Sub-21 e Sênior da Seleção Brasileira na modalidade Kumite, além de detentor de diversas medalhas no Campeonato Pernambucano. Recentemente, ampliou sua atuação esportiva ao integrar a equipe sub-20 do Club Atlético Torres, no futebol.

“Comecei no karatê com apenas três anos de idade. Meu pai sempre me incentivou, é meu professor e meu exemplo. Desde pequeno estou nesse ambiente e, com muito esforço, fui conquistando meus títulos”, relata o jovem atleta.

Mas por trás das vitórias, existem obstáculos significativos. Os altos custos com viagens, alimentação, treinos e equipamentos tornam a prática do esporte de alto rendimento uma tarefa desafiadora, especialmente para jovens talentos que nem sempre contam com recursos próprios.

Diante desse cenário, programas de incentivo como o Bolsa Atleta se tornam fundamentais. Em Pernambuco, a iniciativa — criada pela Lei nº 14.542/2011 — oferece auxílio financeiro a esportistas de diversas modalidades, com valores mensais entre R$ 380 e R$ 2.500. Além do suporte financeiro, os beneficiários também têm acesso a acompanhamento nutricional e psicológico gratuito. A concessão do benefício depende de critérios como idade mínima de 13 anos, filiação a entidades esportivas e histórico de desempenho em competições oficiais.

Desde sua regulamentação pelo Decreto nº 38.287, em 2012, o programa já impactou positivamente a trajetória de muitos atletas. Em 2024, foram contemplados 940 esportistas.

Paulinho reconhece o impacto do programa em sua vida esportiva: “O Bolsa Atleta é fundamental. Ajuda com materiais, viagens e outras despesas. Sem esse apoio, seria inviável continuar. Nós, atletas de alto rendimento, enfrentamos muitos desafios financeiros. Essa política pública abre caminhos que, antes, pareciam impossíveis.”

Com os olhos voltados para o futuro, Paulinho segue se preparando para desafios internacionais, sonhando com a inclusão do karatê nos Jogos Olímpicos. “Quero sempre alcançar o lugar mais alto do pódio, seja em mundiais, Pan-Americanos ou, quem sabe, nas Olimpíadas. Meu objetivo é dar o melhor de mim e representar meu estado, minha cidade e minha comunidade com orgulho.”

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