Cerca de 500 famílias do MST ocupam área na Bahia e exigem cumprimento de acordo firmado em 2008

Cerca de 500 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, nesta sexta-feira (6), uma área com espelho d’água que, segundo os trabalhadores, integra o Projeto Salitre — iniciativa de irrigação sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

O grupo reivindica a entrega de 3,4 hectares de terra, conforme acordo firmado com o movimento em 2008. Além da cessão da área, o compromisso previa a implantação de sistema de irrigação, fornecimento de maquinário, acesso à água, assistência técnica e transporte para escoamento da produção.

A Codevasf, por meio de nota oficial, negou que o território ocupado faça parte do Projeto Salitre e afirmou já ter cumprido todos os compromissos assumidos com o MST. Segundo a estatal, foi destinada uma área de 6,8 mil hectares para a criação do assentamento Vale da Conquista, no município de Sobradinho (BA).

Ainda de acordo com a empresa pública, a área atualmente ocupada pelas famílias não está sob sua responsabilidade, e os 3,4 hectares mencionados pelo movimento não integram a zona do projeto irrigado. A Codevasf também informou ter feito entregas parciais de equipamentos ao MST e garantiu que novos kits de irrigação ainda serão enviados.

O MST, por sua vez, cobra que o governo federal, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a própria Codevasf cumpram integralmente o acordo firmado há 17 anos.

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