Cinco detentos do Conjunto Penal de Juazeiro, incluindo dois apontados como lideranças do tráfico de drogas na região, foram transferidos nesta sexta-feira (23) para a unidade de segurança máxima localizada em Serrinha.

A ação ocorreu no contexto da Operação Eclipse, iniciada na quinta-feira (22), com revistas simultâneas e estruturadas nos pavilhões A e B do presídio.

A operação foi conduzida de forma integrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais Regional Norte (Gaeco Norte) e da 13ª Promotoria de Justiça de Juazeiro, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).

A medida teve como objetivo reforçar os protocolos de segurança e controle interno da unidade prisional. A transferência dos detentos foi autorizada pela Vara de Execuções Penais da comarca de Juazeiro.

Os dois presos identificados como líderes, Robson dos Santos Gomes e Diogo Bernardino Cruz, são suspeitos de comandar, de dentro do presídio, atividades de facções criminosas envolvidas com o tráfico de drogas, homicídios e atos de intimidação no Vale do São Francisco. Segundo o MP, os crimes estariam relacionados à disputa territorial e à cobrança de dívidas do tráfico.

Durante a operação, foram apreendidos celulares e entorpecentes. Todas as celas dos dois pavilhões foram minuciosamente inspecionadas, com o objetivo de interromper o fluxo indevido de informações que poderia comprometer a segurança do sistema prisional e interferir na atuação dos órgãos públicos de segurança e justiça.

Além do Gaeco Regional Norte, a ação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (Gaesp), do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop/Seap) e da Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento da Região Norte, da Rondesp Norte e da Cipe Caatinga, unidade vinculada ao Comando de Policiamento em Missões Especiais.

O nome “Eclipse” foi escolhido para simbolizar a interrupção de canais informais de comunicação dentro da unidade prisional, reforçando a atuação preventiva e coordenada das instituições envolvidas. A operação integra um plano mais amplo de fortalecimento da segurança institucional e de melhorias no sistema penitenciário da Bahia.

As circunstâncias que possibilitaram a entrada de materiais ilícitos na unidade serão investigadas.