Polícia desarticula bando que anunciava venda de carro, mas fechava consórcio com vítimas no Recife

Na manhã desta terça-feira (6), a Polícia Civil de Pernambuco divulgou detalhes de uma operação que resultou na prisão de cinco membros de um grupo criminoso envolvido em um esquema fraudulento de venda de veículos.

O grupo, que atuava principalmente por meio de redes sociais e páginas na internet, foi desmantelado após uma investigação detalhada. O esquema funcionava da seguinte maneira: os criminosos anunciavam a venda de carros, oferecendo facilidades para pessoas com crédito negativo.

Interessadas em adquirir um veículo se dirigiam ao bairro do Espinheiro, onde a empresa, que operava fisicamente em um coworking, solicitava um pagamento inicial. Esse pagamento, que variava de acordo com o modelo e a marca do carro, deveria ser para o financiamento do veículo.

No entanto, as vítimas eram enganadas. Após o pagamento inicial, elas assinavam documentos que, na verdade, eram contratos de consórcio e não de financiamento. Quando retornavam para buscar o carro, descobriam que o veículo não estava disponível, e a empresa pedia novos prazos sob a alegação de problemas com a documentação.

O delegado Diego Acioli, da Delegacia Seccional do Espinheiro, revelou que o maior prejuízo registrado foi de uma vítima que pagou R$ 8 mil. “Esse grupo anunciava a venda de veículos com facilidade para pessoas com problemas de crédito. Após o pagamento, as vítimas assinavam documentos de consórcio, e a empresa começava a dar desculpas para adiar a entrega do carro”, explicou o delegado.

A operação começou quando os policiais foram informados de que os integrantes do grupo haviam deixado o local sem deixar um novo endereço e estavam exibindo comportamento suspeito. Após a prisão de um membro do grupo, os policiais descobriram o novo endereço da empresa e prenderam mais dois integrantes.

Os criminosos chegaram a afirmar que as vítimas não teriam direito ao veículo anunciado, pois teriam assinado um contrato de consórcio, que exigiria sorteio ou lance para aquisição do carro. Essa alegação foi utilizada para encobrir o golpe, afirmando que a imagem do veículo no anúncio era meramente ilustrativa.

A primeira denúncia foi registrada no início de julho, e as prisões ocorreram em 31 de julho. Três dos presos foram liberados provisoriamente após a audiência de custódia. A polícia identificou até o momento seis vítimas e solicita que outras pessoas que possam ter sido enganadas procurem a Delegacia do Espinheiro para registrar suas queixas. “Os acusados responderão pelo processo, já que não houve violência ou grave ameaça“, concluiu o delegado Diego Acioli.

Fonte Folha PE

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