Um idoso de 79 anos foi preso na terça-feira (9) no município de Amaraji, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, sob a suspeita de estuprar suas duas filhas gêmeas adotivas. A prisão foi confirmada pela Polícia Civil de Alagoas (PCAL) na quarta-feira (10), uma vez que os crimes foram cometidos naquele estado.
De acordo com a PCAL, o suspeito abusou sexualmente das meninas dos sete aos 14 anos. No momento da prisão, o homem se identificou como pastor evangélico. O caso veio à tona através de um comentário feito pela irmã das vítimas na rede social da PCAL.
“Após dois anos pedindo ajuda, a denúncia foi investigada e resultou na prisão do pastor. As vítimas, ao completarem 14 anos, compreenderam a gravidade dos abusos e denunciaram os crimes à irmã mais velha, que ajudou a expor o caso e buscar justiça”, destacou a polícia alagoana.
Segundo a PCAL, o suspeito exerceu a função de pastor há 30 anos em Amaraji, município distante 95 quilômetros do Recife. Durante a prisão, o pastor confessou os crimes, alegando que era aliciado pelas filhas.
O acusado, natural de Caruaru, Pernambuco, viveu 50 anos em São Paulo, onde constituiu família e teve três filhos. Após a morte da esposa, conheceu a mãe das vítimas, com quem se casou e adotou as gêmeas. Os crimes continuaram após a mudança para Craíbas, quando o pastor se aposentou.
Com o apoio da delegacia local, liderada pelo delegado José João de Oliveira Lins, os policiais do Niesp efetuaram a prisão na residência do pastor. A comunidade local ficou surpresa com a ação, dada a então reconhecida reputação do pastor.
Os relatos indicam que os últimos abusos ocorreram em maio de 2022, quando uma das filhas adotivas tinha 14 anos, na residência da família, localizada em um sítio na zona rural de Craíbas, Alagoas. No mesmo dia, ele também abusou da outra irmã. As vítimas sofriam os abusos desde os sete anos, quando a família ainda residia em Itaquaquecetuba, São Paulo.
Após a prisão, o suspeito foi conduzido à Delegacia de Amaraji e, posteriormente, transferido para a Central de Polícia de Arapiraca, Alagoas, onde permanece à disposição da Justiça.
As informações são do Diário de Pernambuco